Autoridades do Brasil e da Bolívia tentam acabar com “Paro Cívico” em Corumbá

Após uma reunião nesta terça-feira, 17 de maio, entre o Consulado Boliviano com sede em Corumbá e representante da Receita Federal no Município, a fronteira pode ser reaberta nas próximas horas. Manifestantes do “Paro Cívico” reivindicam revisão da normativa brasileira RFB nº 1.059, da Portaria MF 440, que estipula a quantidade de mercadorias estrangeiras que […]

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Após uma reunião nesta terça-feira, 17 de maio, entre o Consulado Boliviano com sede em Corumbá e representante da Receita Federal no Município, a fronteira pode ser reaberta nas próximas horas. Manifestantes do “Paro Cívico” reivindicam revisão da normativa brasileira RFB nº 1.059, da Portaria MF 440, que estipula a quantidade de mercadorias estrangeiras que entram no Brasil. A fronteira da Província de Germán Busch com Corumbá, foi fechada à zero hora de segunda-feira, com previsão de ser reaberta à meia-noite desta quarta-feira, 18 de maio, totalizando 72 horas de fechamento.

“Ontem tivemos uma reunião com o inspetor representante da Receita Federal brasileira e encaminhamos a ele, uma proposta que visa amenizar a situação hoje vivida pelos bolivianos. Estamos propondo um acordo entre Brasil e Bolívia para a nossa fronteira, onde visamos buscar o que é melhor para ambos os países. Se recebermos uma resposta positiva, a fronteira será aberta imediatamente. Se a resposta for negativa, a reabertura da fronteira será somente à meia-noite, conforme planejado”, afirmou ao Diário o cônsul da Bolívia em Corumbá, Juan Carlos Mérida Romero.

De acordo com informações do Consulado, toda a fronteira já está sentindo a interdição de tráfego de veículos, pois além de muitos carros e caminhões formarem longa fila de ambos os lados, esperando pela travessia, alguns pontos da Bolívia já estão sem comida e combustível. “Sabemos que foi uma decisão radical tomada por nós bolivianos de fechar a fronteira, sendo que a Bolívia depende do Brasil para o abastecimento de quase todas as áreas, principalmente a alimentícia. Sabemos também que há negócios milionários parados na beira da estrada aguardando para cruzarem a fronteira, logo, quanto mais rápido tudo isso acabar, melhor será para ambos os países”, frisou o cônsul.

Participação

A mobilização envolve instituições cívicas da Província de Germán Busch, mas não tem a participação de comerciantes da Feira Brasil-Bolívia, que funciona em Corumbá. “Queremos deixar bem claro que os feirantes da feira Brasbol, localizada em Corumbá não estão envolvidos nessa manifestação, como chegou a ser cogitado. Sabemos das dificuldades de nossos compatriotas, mas também respeitamos a legislação brasileira e entendemos que cada país tem a sua legislação”, ressaltou ao Diário, o presidente da Feira Brasbol, Jimmy Antezana.

Além da feira Brasbol, o Centro Boliviano Brasileiro 30 de Marzo, também sediado em Corumbá, não integra a mobilização na fronteia, como informou Walter Salazad, presidente da entidade.

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