Doenças provocadas pelo estresse acumulado e tensões próprias de profissionais do setor de segurança pública, são tema de debate em audiência pública realizada em Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira (21), a partir das 14h.
Com o tema “O Trabalho Profissional da Segurança Pública e a Saúde Mental”, a audiência contará com a presença de autoridades e representante civis e governamentais de organizações classistas, médicas e de direitos humanos. 
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), o investigador Alexandre Barbosa da Silva, 38 anos, a questão precisa ser focalizada com mais atenção.
“Precisamos, de fato, de uma política pública que contemple, com dispositivos mais amplos e mais específicos, um sistema de previdência, de assistência e de suporte trabalhista, as categorias que estão expostas aos danos de saúde em consequência do estresse e das sobrecargas emocionais”, defende o policial, que é lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (Derf). 
Silva dá o exemplo de agentes que precisam se afastar do trabalho para tratamento e até dos que são obrigados a se aposentar por causa dos abalos que as atividades causam à saúde.
Ao fazer a solicitação da audiência, o deputado estadual Jorge Takimoto enfatizou a urgente necessidade do debate “para buscar junto às autoridades a melhor forma de garantir toda cobertura possível em saúde e assistência ás pessoas que exercem atividades de rico e de extremo desgaste no âmbito da Segurança Pública. 
“Esta é uma condição prioritária e inadiável para que os servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros possam cumprir sem sobressaltos as suas diversas – e muitas vezes arriscadas – atribuições, tendo a certeza de que contam com a assistência adequada do Estado”, argumentou.
Entre as entidades convidadas para a audiência estão a Associação dos Cabos e Soldados da PM e dos Bombeiros Militares, o Sinpol, a Associação dos Delegados de Políia (Adepol), a Associação dos Oficiais e Subtenentes, os deputados estaduais, a diretoria da Caixa de Assistência dos Servidores (Cassems), Associação dos Aposentados, organizações comunitárias, o governador e os secretários estaduais, os comandantes militares (PM e CBM), a direção da Polícia Civil, as diversas delegacias, universidades, órgãos do Trabalho (do Executivo e do Judiciário) e também as instituições federais como a PF, a PRF, o Ibama e a Federação dos Trabalhadores da Educação (Fetems).