Ato pró-legalização da maconha termina em SP com seis detidos
O ato pró-legalização da maconha terminou com seis manifestantes detidos na tarde deste sábado (21), em São Paulo, segundo informou a Polícia Militar às 18h. O grupo se reuniu desde as 14h no vão do Masp, na Avenida Paulista, e seguiu a pé pela via até serem dispersados pela Tropa de Choque da PM com […]
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O ato pró-legalização da maconha terminou com seis manifestantes detidos na tarde deste sábado (21), em São Paulo, segundo informou a Polícia Militar às 18h. O grupo se reuniu desde as 14h no vão do Masp, na Avenida Paulista, e seguiu a pé pela via até serem dispersados pela Tropa de Choque da PM com bombas de gás lacrimogêneo, por volta das 15h20. Ainda assim, alguns participantes seguiram em caminhada pela Rua da Consolação, até a Praça Roosevelt, na região central. Outros se dirigiram para o 78º DP, na Rua Estados Unidos, nos Jardins, para onde foram levados os detidos.
O repórter fotográfico argentino Osmar Busto, de 53 anos, afirma ter sido atingido por dois disparos de balas de borracha. “A tropa de choque chegou por trás atirando balas de borracha. Que democracia é esta neste país? É até uma vergonha fazer isso com essa gente jovem. Em uma democracia isso não pode acontecer”, disse o fotógrafo que exibiu dois ferimentos nas costas.
A PM não confirma o uso deste recurso e afirma que ninguém ficou ferido durante o ato. Segundo os manifestantes, não houve confronto com a Tropa de Choque.
A “Marcha da Maconha” chegou a ser proibida por uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo. As lideranças da marcha haviam acertado com a Polícia Militar, então, que fariam uma manifestação pela liberdade de expressão com o intuito de promover o debate sobre a legalização da droga.
Os manifestantes se concentraram desde as 14h deste sábado no vão do Masp. Eles colocaram fitas adesivas em cima da palavra “maconha” em cartazes e camisetas. Mordaças também foram usadas pelos manifestantes. Aos gritos de “2011 tem censura no Brasil” e “Sou maconheiro com muito orgulho, com muito amor”, eles deixaram o Masp, no sentido Consolação.
“Se quiserem forçar a barra, podem dizer que houve apologia ao uso da maconha. Mas, quando você diz que fuma, não sei se é apologia. Para mim é liberdade de expressão”, afirmou o jornalista Bruno Dias, de 36 anos.
Por volta das 15h, um grupo contra a legalização da maconha chegou até o local e se posicionou com cartazes.
O protesto
As primeiras bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas próximas do cruzamento da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Manifestantes afirmam que não houve provocação. “Pediram para a gente ir para a calçada. Quando começamos a nos deslocar começaram a lançar as bombas. Não tem justificativa. De boa, eu não entendi, não”, disse o servidor público Sidney Roberto Nobre Junior.
“Foi a primeira vez que eu vi o Choque atacar por trás”, afirmou o sociólogo Renato Cinco, um dos organizadores da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro. Apesar do tumulto, grupos dispersos de manifestantes desceram a Rua da Consolação , na região da Praça Roosevelt.
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