Ataque da Otan atinge escola na Líbia

Estilhaços de vidro cobriam o carpete da Sociedade Líbia da Síndrome de Down e a poeira recobria as fotos de crianças sorrindo que adornam o corredor após um ataque da OTAN na madrugada de sábado destruir o local. Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o […]

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Estilhaços de vidro cobriam o carpete da Sociedade Líbia da Síndrome de Down e a poeira recobria as fotos de crianças sorrindo que adornam o corredor após um ataque da OTAN na madrugada de sábado destruir o local.

Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o próprio Muammar Kadhafi, que fazia um pronunciamento ao vivo à TV no momento.

“Eles talvez quisessem atingir a televisão. Este prédio não é militar, não governamental”, disse Mohammed al-Mahdi, chefe do conselho sociedades civis, que licencia e fiscaliza os grupos civis na Líbia.

O míssil destruiu completamente um escritório adjacente no complexo que abriga a comissão do governo para crianças.

A força da explosão arrancou as janelas e portas da escola financiada por pais para crianças com síndrome de Down, e os funcionários disseram que ela danificou um orfanato no andar de cima.

“Eu me senti realmente triste. Fiquei pensando, o que vamos fazer com essas crianças?”, disse Ismail Seddigh, que montou a escola há 17 anos depois que sua filha nasceu com síndrome de Down.

“Este não é o lugar que deixamos, na tarde de quinta-feira”.

Não havia nenhuma criança na escola quando os mísseis atingiram na manhã de sábado (30), já que o fim de semana começou na sexta-feira (29) na Líbia. As crianças deveriam vir à escola no sábado de manhã.

O governo líbio tem dito repetidamente que os ataques aéreos da OTAN têm deixado civis mortos e feridos, mas não respondeu a pedidos de jornalistas para visitar os hospitais, o que torna difícil verificar os números de vítimas.

A OTAN atingiu dentro ou próximo de áreas militares de Kadhafi anteriormente. A visita à escola no sábado, organizada pelo governo, foi a primeira a permitir jornalistas – vigiados de perto pelo governo – em um área de civis.

A escola Seddigh atende crianças com síndrome de Down de até 6 anos de idade em preparação para escolas comuns, oferecendo terapia da fala, artesanato e esportes além da alfabetização. A escola atende 50 a 60 crianças por dia.

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