No dia do Assistente Social, Ivone Rios, presidente do Conselho Regional, fala sobre a profissão no Estado e as lutas da classe. “Lutamos principalmente pela população livre, sem exploração de classe, etnia e gênero”, frisa.

Em 15 de maio é comemorado o dia do Assistente Social, profissão de pessoas que atuam diretamente em criar políticas sociais junto aos poderes público e privado, a fim de orientar a população em geral.

Para explicar mais sobre o assunto e falar sobre as comemorações, o Midiamax conversou com a assistente social Ivone Rios, empossada no sábado (14) como presidente do Conselho Regional de Serviço Social.

Midiamax: Em 15 de maio é comemorado o dia do Assistente Social. Quais pontos são abordados esse ano?

Ivone: Em 2011, nós assistentes sociais estamos com a campanha “Serviço Social compromisso de classe por uma sociedade emancipada”, esse tema foi escolhido pelo conselho federal parar destacarmos a luta pelo compromisso ético-político da categoria.

Lutamos principalmente pela população livre, sem exploração de classe, etnia e gênero, numa nova ordem de construção da sociedade.

Midiamax: Em Mato Grosso do Sul quais as lutas da categoria?

Ivone: O nosso conselho, com a maioria da classe, luta para fazer valer a lei das 30 horas de trabalho semanal, que foi aprovado no ano passado, mas ainda não está sendo praticada pela maioria dos órgãos empregadores.

Outro grande desafio nosso é melhorar a formação profissional. Com a grande procura pelos cursos não presenciais se fala muito na precariedade da formação, mas nós sabemos que não é só isso, então estamos acionando o MEC para fiscalizar os cursos de formação. Além disso, sempre procuramos oferecer cursos no conselho para atualização e capacitação dos profissionais, porque todos sabem que o profissional nunca sai totalmente preparado da faculdade.

Midiamax: Quantos profissionais têm no Estado e como é a adesão dos recém-formados?

Ivone: Em Mato Grosso do Sul temos em torno de 1800 profissionais registrados no Conselho Regional de Serviço Social, já no Brasil temos cerca de 60 mil inscritos, de acordo com o conselho federal.

Nós procuramos orientar os profissionais recém-formados a se inscreverem no conselho apenas quando estiverem com um emprego em vista, pois geralmente acontece do profissional se registrar, não conseguir emprego e ficar inadimplente.

Ainda assim é importante lembrar, que o assistente social se forma bacharel e só depois de registrado que pode exercer a profissão.

Midiamax: Como está o mercado de trabalho e salário da classe?

Ivone: O assistente social não tem um piso salarial definido, nós temos uma tabela do conselho federal para quem faz trabalho em ONG, pra quem presta consultoria que é de hora aula, por isso hoje encontramos salários em todas as faixas.

Já temos um projeto de lei pelo piso salarial tramitando, mas ainda é uma luta a ser conquistada. Já a área que mais emprega no Estado é a assistência social, seguida da saúde. A nível de Brasil também temos um projeto de lei para inserção do profissional na educação.

Midiamax: Qual o recado para os profissionais neste dia 15 de maio?

Ivone: Em nome do conselho eu gostaria de parabenizar todos os profissionais que lutam pelo bem do próximo e sabem do valor do assistente social, que mesmo sendo uma profissão estressante e cansativa é valorizada pela população que reconhece o nosso trabalho.