Após remoção de 31 toneladas de lixo, ruas de Três Lagoas já têm entulhos novamente

A falta de conscientização de alguns três-lagoenses impede que todos tenham uma cidade limpa e organizada. Mais de mil sofás velhos foram retirados de terrenos e ruas de Três Lagoas, mas, em menos de uma semana, já é possível encontrar outros jogados nesses mesmos locais.

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A falta de conscientização de alguns três-lagoenses impede que todos tenham uma cidade limpa e organizada. Mais de mil sofás velhos foram retirados de terrenos e ruas de Três Lagoas, mas, em menos de uma semana, já é possível encontrar outros jogados nesses mesmos locais.

A Operação Cidade Limpa, iniciada em fevereiro deste ano, em Três Lagoas, chega ao fim, porém já é possível flagrar pela Cidade, locais onde a população volta a jogar lixo indevidamente.

Segundo o diretor do Departamento de Obras e Serviços Públicos (DOS), Agamenon Alves de Oliveira, essa intervenção, na área urbana e no distrito de Arapuá, resultou na retirada de 31 toneladas de lixo, 1.300 pneus e 1.200 sofás.

Os trabalhos incluíram pintura de meio fio, limpeza de bueiro, retirada de galhos e entulhos, roçada nos terrenos públicos, terraplanagem e recuperação asfáltica – esta última com 70% concluídos.

“Entretanto, há locais em que já verificamos a reincidência de ações contrárias à que realizamos. Na Vila Piloto, onde o DOS retirou 340 caminhões de lixo, existem pontos onde já há sofás velhos e lixo nos terrenos baldios. Sem a colaboração da população, nosso trabalho é em vão”, alegou Agamenon.

Na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (28), vereadores sugeriram que essa operação deveria ser contínua. “A Cidade Limpa deve ser uma constante. As pessoas tendem a jogar lixo onde já está sujo. Lixo chama lixo. Por isso a atitude certa é zelar para manter a Cidade limpa sempre”, afirmou Fernando Milan (PMDB).

De acordo com o líder da Prefeita, na Câmara, vereador Tonhão (PPS), existe uma empresa terceirizada contratada para varrer as ruas de Três Lagoas. “A Unidas realiza, diariamente, o serviço de varreção. O DOS todos os anos executa esse “mutirão” de limpeza”, explicou.

Para o vereador Ângelo Guerreiro (PDT), o Município dispõe de recursos que poderiam ser utilizados para garantir à população o direito a viver em uma cidade limpa. “Não adianta limpar e deixar para o povo manter limpo. Isso é obrigação do poder público e dinheiro há para isso”, alegou.


Terrenos particulares

Conforme exposto por Agamenon, a maior dificuldade é garantir que os proprietários de terrenos zelem por seu patrimônio e evitem que a população acabe utilizando esses locais como depósito de lixo.

“A Prefeitura é responsável pela limpeza dos locais públicos ou pertencentes ao Município. Cabe aos donos de áreas particulares manterem-nas limpas e, se for o caso, roçadas. Contudo, mesmo sendo passível de multa, não há colaboração por boa parte desses proprietários. Muitos pagam pela infração – e continuam deixando o terreno abandonado. Uns alegam que não tem condições de pagar para limpar, outros dizem que enfrentam dificuldade em encontrar mão de obra disponível na Cidade”, explicou o Diretor.


Destino Correto

Por enquanto a indicação do secretário municipal de meio ambiente, Mateus Arantes é para que a população mantenha as peças de mobiliário sem utilidade em suas residências.

“A Secretaria de Municipal de Meio Ambiente aguarda a licença do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para que o Lixão – localizado na rua Egídio Tomé, saída para o Jupiá – possa vir a ser o destino correto para peças de mobiliário sem utilidade, assim como galhadas e restos da construção civil, mas até o momento, a população deve manter esse tipo de lixo em casa”, explicou.

Arantes afirmou que a licença deve ser liberada em, no máximo, 20 dias. “Nessa licença, especificamos ao Imasul que, além dos restos da construção civil, o Lixão seria preparado para receber também sofás, colchões, enfim, os objetos de mobiliário que a pessoa não deseja mais”, informou.

De acordo com o secretário, a multa para quem for pego jogando lixo em local impróprio pode chegar a R$ 5 mil. “Sabemos da dificuldade da população em promover o destino correto para o lixo mobiliário, principalmente porque ainda não há local disponível, mas isso não impede que a pessoa pega em flagrante, jogando lixo em terreno baldio ou na rua, seja multada”, alertou.


Segunda Lagoa

A Associação da Ferradura – uma iniciativa privada – realizará, pelo terceiro ano consecutivo, no 2° domingo de julho, a limpeza da Segunda Lagoa.

Adilson Oliveira Silva, presidente da Entidade, disse que o grupo, voltado para levar esporte e lazer à zona rural de Três Lagoas, começará a se mobilizar na semana que antecede essa ação civil. O objetivo é buscar apoio de outros setores da sociedade.

“Depois do nosso contato, muita gente sempre se disponibiliza para ajudar. O grupo, de 30 pessoas, é ampliado e, juntos, damos nossa contribuição ao meio ambiente. Também contamos com o apoio da Polícia Militar Ambiental que, de barco, vai retirando os entulhos de dentro da Lagoa. Esperamos agora que a temperatura esteja favorável para que possamos realizar os serviços em um clima agradável”, finalizou.

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