Na manhã de terça-feira (1º) houve o segundo encontro nesta semana entre as partes envolvidas na proibição de eventos musicais no Parque Laucídio Coelho. Prefeito Nelson Trad Filho fala em etapas a serem cumpridas pelos promotores de eventos e pela Acrissul

As partes envolvidas na proibição de eventos musicais no Parque Laucídio Coelho reuniram-se na manhã desta terça-feira (1º) na sede do Tribunal de Justiça (TJ/MS) em Campo Grande, mas não chegaram a um acordo pela liberação dos shows na Expogrande 2011.

O encontro foi mediado pelo desembargador Sideni Soncini Pimentel, responsável pela liminar que suspendeu a realização de eventos musicais no Parque Laucídio. Também atuaram os desembargadores Vladmir Abreu da Silva e Luiz Tadeu Barbosa Silva.

Participaram o prefeito Nelson Trad Filho; o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Cristaldo; o procurador-geral do município, Ernesto Borges Neto; os vereadores Paulo Siufi, Carlão e Vanderlei Cabeludo; o promotor de justiça Alexandre Lima Raslan; o presidente da associação de moradores do Jóquei Clube, Waldemir Poppi; e os promotores de eventos Pedro Paulo e Roledo Júnior.

Ao término da reunião, Trad Filho sinalizou que deve haver novas rodadas de negociação: “se algumas etapas forem cumpridas, haverá shows, mas isso depende deles [dos produtores de eventos e da Acrissul, administradora do Parque]”, afirmou o prefeito, sem detalhar quais medidas seriam estas.

Roledo Júnior, que é presidente da Associação de Promotores e Produtores de Eventos (Apems), afirmou conhecer as imposições do caso mas continua garantindo que haverá shows no Parque Laucídio.

Antes do início do encontro, Siufi falou da expectativa em resolver o impasse que perdura desde 26 de janeiro: “de hoje não passa, todas as partes cederam”, disse. Depois, porém, falou que restam apenas detalhes para a formatação de um acordo judicial entre as partes.

Pedro Paulo, um dos principais interessados na manutenção dos shows no Parque Laucídio, disse que já investiu R$ 1 milhão na atração de artistas nacionais à Expogrande 2011 e não acredita no fim dos eventos. Paulo ainda afirmou que é de interesse da população a realização dos shows.

A assessoria jurídica da entidade que representa a classe, a Apems, já tem uma medida judicial pronta para ser impetrada no TJ/MS caso o entendimento fracasse.

Falando em nome dos moradores do bairro vizinho ao parque, Waldemir Poppi afirmou que não irá se opor caso os shows sejam realizados em horário compatível.

Raslan preferiu não fazer comentários após a reunião. Já a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que os desembargadores só devem se manifestar sobre o caso por meio de nota oficial.