Após denúncias, secretário pede demissão da Agricultura

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, número dois na hierarquia da pasta, pediu demissão neste sábado após denúncias veiculadas em reportagem da revista Veja deste fim de semana. Em nota publicada hoje, Ortolan nega as informações publicadas na revista e nega ter relação com o lobista apontado pela reportagem, Júlio Fróes. “Repudio as […]

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O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, número dois na hierarquia da pasta, pediu demissão neste sábado após denúncias veiculadas em reportagem da revista Veja deste fim de semana. Em nota publicada hoje, Ortolan nega as informações publicadas na revista e nega ter relação com o lobista apontado pela reportagem, Júlio Fróes.

“Repudio as informações publicadas de que sou conivente com irregularidades e desvios de recursos no Ministério da Agricultura. Em relação ao senhor Júlio Fróes, informo que o conheci por ocasião do início do processo de contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP). Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP. Desconheço a mencionada reunião realizada na Assessoria Parlamentar do Ministério da Agricultura para distribuição de ‘propina’”, disse em nota.

Ortolan afirmou ainda que se sente “injustiçado e ofendido” pelas suspeitas levantadas na reportagem e pediu que sejam feitas investigações sobre as denúncias, colocando-se à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. “Tenho a consciência tranquila e provarei minha inocência”, afirmou.

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, também divulgou nota em resposta à reportagem, que afirmou que ele tem envolvimento com Júlio Cesar Fróes, lobista que operaria dentro do ministério. “Repudio as informações constantes da reportagem que tratam de Júlio Fróes, apresentado pela revista como meu amigo, segundo palavras atribuídas a ele. Nunca participei de reunião com este senhor. Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança. Reafirmo: não é meu amigo”, disse o ministro na nota.

Conforme a publicação, Fróes prepara editais, analisa processos de licitação e cuida dos interesses de empresas que concorrem às verbas. “Informo que encaminho, imediatamente, à Controladoria-Geral da União (CGU), pedido de investigação sobre os procedimentos relativos à contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP) e da Gráfica Brasil pelo Ministério da Agricultura, citadas na reportagem como alvos de irregularidades”, divulgou Wagner Rossi. Na tarde de quinta-feira, o repórter da Veja Rodrigo Rangel foi agredido por Fróes durante uma entrevista.

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