Após denúncia do Midiamax, governo retoma entrega de cestas em 48 horas, mas indígenas ainda sofrem sem água
Em duas ocasiões, o Midiamax divulgou denúncias dos líderes indígenas e, imediatamente, o governo do estado reativou a distribuição. Problema agora é a falta de água, apesar de estrutura pronta.
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Em duas ocasiões, o Midiamax divulgou denúncias dos líderes indígenas e, imediatamente, o governo do estado reativou a distribuição. Problema agora é a falta de água, apesar de estrutura pronta.
Na tarde dessa quarta-feira (16), o Governo do Estado regularizou a entrega de cestas básicas nas aldeias Moreira e Passarinho, em Miranda. Em duas ocasiões, o Midiamax divulgou denúncias dos líderes indígenas do MS, de falta de entrega de cestas e, imediatamente, o governo do estado reativou a distribuição, que é fundamental para garantir a segurança alimentar de milhares de famílias no estado.
O primeiro episódio se deu nos meses finais de 2010 e, após a divulgação do fato
pelo Midiamax a entrega se normalizou em dezembro. O caso chegou a ter repercussão
nos ministérios relacionados à área, em Brasília, e também no Congresso Nacional, onde
a ambientalista e advogada Tatiana Ujacow fez pronunciamento no Senado cobrando
providências do governo estadual.
Dessa segunda vez, a entrega das cestas foi interrompida em janeiro e fevereiro, e mais
uma vez a reportagem do Midiamax voltou ao caso, encontrando repercussão no Ministério
Público Federal e na Assembléia Legislativa do MS, na voz do deputado petista Pedro Kemp.
Agora, as cestas estão sendo entregues por equipes ligadas à secretaria do Trabalho e
Assistência Social. Aliás, no mesmo dia em que retomou a entrega, o governo do estado
publicou matéria no site da Setas com o governador Puccinelli segurando uma cesta ao lado
de uma índia e da secretária Tânia Garib. O texto afirma que o MS banca sozinho a compra de
cestas para os índios, refutando informações em contrário do governo federal.
No entanto, na matéria não há nenhuma informação sobre o que foi feito com os recursos
de quatro meses de cestas não distribuídas, nem o motivo da omissão legal, por tratar-se de
comunidades protegidas.
Aldeias recebem alimentos, mas padecem com falta de água
Parecem intermináveis os problemas relatados pelas lideranças indígenas em Miranda.
Quando chega o alimento eles protestam com a falta de outro item fundamental para a vida e
a higiene- a água.
Nas próprias aldeias Passarinho e Moreira é possível encontrar poço sem bomba ou grande caixa d’água e bomba que foram doadas, e instaladas em locais de água contamina. Existem outras bombas de baixa potência ou com fiação de alta voltagem exposta nas proximidades de ruas por onde circulam crianças a caminho da escola.
Dessa maneira, as famílias improvisam formas de obter água, com poço manual, baldes e
garrafas pet, tudo insuficiente para as necessidades mais elementares. Segundo os caciques,
enquanto as famílias sofrem, o dinheiro gasto com equipamentos é desperdiçado.
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