Apesar do anúncio do Fluminense, às15h30m, de que o Gilson Kleina assumiria o comando da equipe, o treinador afirmou que não irá sair da Ponte Preta. Segundo o treinador, havia multa rescisória com o clube de Campinas, que não quis liberá-lo. O Fluminense se ofereceu para pagar a multa, mas nas entrelinhas, Kleina deu a entender que outro item surgiu como obstáculo: o  tempo de contrato proposto. A oferta tricolor era de três meses – o que deixa claro o interesse da diretoria em contratar Abel Braga. O treinador tem contrato com o Al-Jazira (Emirados Árabes Unidos) até o dia 30 de maio. Abelão já deixou claro que aceitaria assumir o Flu após essa data.

– Realmente tive uma proposta tentadora, mas jamais decidi e antecipei as coisas – disse Kleina, à “Rádio Central de Campinas”.  – Era um contrato de três meses. O valor financeiro, não tem como comparar. Mas vi todo o contexto. Alguém passou que eu já tinha decidido, mas não foi isso. Fui transparente e disse que ainda tinha uma conversa com a Ponte. Eu ia sair pela porta dos fundos, entrar em litígio. A minha consciência vale mais do que tudo. Minha carreira é curta, mas está sendo muito verdadeira, muito transparente. Foi a Ponte que me colocou em notoriedade.

Apesar do anúncio através da assessoria de imprensa tricolor, o Fluminense não divulgou a contratação de Kleina em seu site oficial. O presidente Peter Siemsen se recusou a dar entrevista até que fossem assinados todos os documentos. Mesmo assim, havia a certeza de que isso aconteceria ainda nesta segunda. Ao receberem a recusa de Kleina, a diretoria se mostrou bastante surpresa com o ocorrido.

Ainda à “Rádio Central”, Kleina disse que recebeu sinalização de aumento por metas alcançadas na temporada.

– Vai ser por produtividade. Mas se eu ficar aqui falando em valores, vão dizer que eu fiquei por causa do dinheiro. Mas não foi isso. Ser chamado para o lugar do Muricy, em um clube como o Fluminense, foi algo que me deixou muito orgulhoso. Não tem preço. Pensei em várias coisas. Dizem que foi o Abel que me indicou ao Fluminense, mas não foi. O que despertou o interesse deles foi o trabalho que estou fazendo aqui na Ponte. Se aconteceu isso, é sinal de que outras coisas podem acontecer. Vou me concentrar aqui e fazer de tudo para continuar levando a Ponte a bons resultados – comentou Kleina.

No meio de todo este turbilhão, o Fluminense faz um jogo decisivo nesta quarta, contra o América-MEX, pela Libertadores. O time precisa vencer para seguir com chances de se classificar para a próxima fase da competição.