Americanas se omitem e caridade popular banca cirurgia de cliente agredido na loja

Enquanto a direção das Lojas Americanas em Campo Grande se recusa a prestar assistência ao vigia Márcio Antonio de Souza, 33 anos, espancado no dia 23 de abril passado por um segurança terceirizado pela loja, vereadores e entidades civis fazem um esforço coletivo para que a vítima possa tratar-se das sequelas da agressão. O vereador […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Enquanto a direção das Lojas Americanas em Campo Grande se recusa a prestar assistência ao vigia Márcio Antonio de Souza, 33 anos, espancado no dia 23 de abril passado por um segurança terceirizado pela loja, vereadores e entidades civis fazem um esforço coletivo para que a vítima possa tratar-se das sequelas da agressão. O vereador Alex (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, confirmou que nesse sábado (4) será realizado um almoço beneficente com o objetivo de arrecadar recursos para o pagamento da cirurgia de correção do nariz de Márcio, uma das partes mais afetadas pelos golpes do agressor. A cirurgia está marcada para quinta-feira (2).

Ainda sem local confirmado, o almoço reunirá entidades como o Centro de Defesa dos Dieitos Humanos Marçal de Souza (CDDH), CUT, Sintel, Sindicato dos Vigilantes, Fetems, Sisem, Mandato Vander Loubet e Sindicato dos Cabeleireiros. Só a intervenção cirúrgica custa R$ 13 mil. A Caixa de Assistência dos Servidores Públicos de MS (Cassems), num gesto elogiado por Alex, assumiu a responsabilidade por esse custo. Porém, para pagar as despesas específicas do médico-cirurgião e do anestesista serão necessários em torno de R$ 1.600,00, quantia que se espera arrecadar com o almoço.

Na semana passada a Comissão de Direitos Humanos da Câmara ouviu os relatos das partes envolvidas no episódio. A direção das Lojas Americanas defendeu-se afirmando que não houve agressão e ainda acusou o vigilante de ter atacado o segurança. No entanto, as imagens da câmera do estabelecimento desfazem essa versão. Também não constam nas imagens requisitadas pela polícia os momentos em que Márcio ficou retido numa sala reservada do estabelecimento, no Centro da Capital.

Márcio confirmou as denúncias dizendo ter sido brutalmente agredido, sem reagir, ao ser acusado pelo segurança de furtar dois ovos de Páscoa que havia comprado em outro estabelecimento comercial. O caso ganhou repercussão dentro e fora de Mato Grosso do Sul, com várias manifestações de repúdio da sociedade civil e partidos políticos em todas as esferas de representação legislativa. A direção das Lojas Americanas garante ser contra qualquer tipo de abuso, porém já se passou mais de um mês e a empresa insiste em não assumir qualquer responsabilidade na assistência ao trabalhador agredido em suas dependências.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados