Clubes de Campo Grande querem assumir a responsabilidade dos reparos no estádio para evitar mandos de jogos no interior

Alternativa ao estádio Morenão para a realização de jogos do campeonato estadual, o estádio municipal Jacques da Luz poderá ser colocado novamente à disposição dos clubes que mandam partidas em Campo Grande. Para isso, o Corpo de Bombeiros faz algumas exigências técnicas.

De acordo com a corporação, são necessárias a apresentação de um projeto de proteção contra incêndio e pânico a ser elaborado por profissional capacitado (engenheiro civil ou arquiteto); e a instalação de materiais de segurança, como extintores. A diretoria de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros recebe a documentação, faz nova vistoria e emite a certidão caso as modificações estejam em conformidade com a legislação.

Operário e MS Saad garantem que vão trabalhar em conjunto com a Federação de Futebol (FFMS) para liberar o estádio, que fica nas Moreninhas. Em reunião na manhã desta segunda-feira (21) com o presidente da entidade, Francisco Cezário de Oliveira, foi firmado o compromisso dos clubes em fazer as adequações apontadas pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo o presidente do Operário, Toni Vieira, os dirigentes devem procurar os bombeiros ainda esta semana para expor o pedido. “Estamos confiantes que iremos conseguir liberar o Jacques da Luz”, disse, completando que a próxima partida entre Operário e Rio Verde, no dia 27, poderá ser realizada em Campo Grande. A tabela prevê que o jogo seja disputado no Douradão, em Dourados.

No último fim de semana, o Morenão foi cedido para a realização de show sertanejo. E no dia 26, novas duplas irão se apresentar no estádio. A grade de shows provocou mudanças na tabela do Estadual. Comercial e Maracaju foi disputado em Dourados, enquanto o MS Saad recebeu o Aquidauanense no Olho do Furacão.

Não é de hoje que os problemas nos estádios de Campo Grande obrigam os clubes a mandar jogos no interior. No fim do campeonato estadual de 2010, o gramado do Morenão foi considerado inapto e o Jacques da Luz não podia receber torcedores, apenas jogadores, árbitros, policiais e bombeiros.