O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Reginaldo Alves de Souza, afirmou que entre 70% e 80% do pessoal de terra do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deve interromper as atividades na tarde desta quinta-feira (22).

 Segundo o sindicalista, os mais de 30 atrasos e cancelamentos de voos da manhã de hoje foram provocados pela paralisação dos aeroviários que iniciaram o turno às 5h. “As operações do aeroporto começam às 6h, então, eles já começaram parados”, afirmou Souza.

Segundo sua estimativas, cerca de 70% dos funcionários, entre mecânicos, técnicos de manutenção de pista, auxiliares e operadores de equipamentos pararam. Por volta das 11h30, com microfones e caixas de som, os dirigentes sindicais explicavam a indiferentes passageiros os motivos do movimento.

“Estamos informando os usuários que não fomos nós que postergamos a negociação. Entregamos a primeira proposta de reajuste em 15 de setembro e nem assim, em quase cem dias, ela foi concluída”.

Pouco antes do meio-dia o grupo partiu para o Tribunal Regional do Trabalho, onde participaria de uma audiência às 13h. O presidente do sindicato informou que, depois do encontro, os aeroviários voltariam para Congonhas às 17h para analisar, em assembléia, a contraproposta das empresas aéreas.

Ainda de acordo com Reginaldo Alves de Souza a paralisação em Congonhas foi a primeira de muitas outras e os protestos estão apenas começando. “Temos informações de que o movimento vai se alastrar para Guarulhos, Rio de Janeiro e outros aeroportos”, afirmou.