Acabou sem acordo a reunião de conciliação que aconteceu na tarde desta quinta-feira (22) entre o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo e as companhias aéreas no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Segundo informou o presidente da Fntta (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo), Uébio José da Silva, as empresas não aceitaram conceder o reajuste de 7% proposto pelo tribunal.

Uébio disse que está, no entanto, descartada a possibilidade de uma greve dos aeroviários – pessoal que trabalha em terra – antes de segunda-feira (26) devido às condições impostas pelo TRT. De acordo com ele, ficou decidido que, em caso de paralisação, o sindicato deverá informar o início da greve com 72h de antecedência e manter, ao menos 80%, dos funcionários trabalhando.

Condições semelhantes fizeram o Sindicato Nacional dos Aeronautas desistir de deflagrar uma greve nacional e aceitar a proposta de 6,5% de reajuste salarial. Para o presidente do sindicato que representa pilotos, copilotos e comissários de bordo, Gelson Fochesato, as determinações do TST (Tribunal Superior do Trabalho) tornaram a greve “praticamente impossível”.

O presidente do TST, João Oreste Dalazen, determinou ontem (21) que pelo menos 80% dos aeronautas e aeroviários estejam em seus postos de trabalho nos dias que antecedem os feriados de Natal e Ano-Novo.

Fochesato admitiu que a impossibilidade de deflagrar uma paralisação levou a categoria a aceitar um acordo insatisfatório. “Provamos por números que a lucratividade das empresas justifica tranquilamente e repasse de 10% [de aumento] – inflação e mais 3,5% de produtividade. Então, é evidente que é pouco”.