O advogado Antônio Carlos Castilho, que defende de Souza Moreno, de 19 anos, acusado de provocar a morte de Mayana de Almeida Duarte, 23, ocorrida em junho do ano passado, durante uma racha na avenida Afonso Pena, centro de Campo Grande, disse que o seu cliente não se apresentou antes porque a defesa estava esperando a decisão da Justiça sobre um Habeas Corpus em favor do jovem.

Contra Anderson havia um mandado de prisão em aberto por determinação do juiz Aluízio Pereira dos Santos, pois o jovem foi flagrado dirigindo sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no dia 13 de fevereiro. Com o acidente que provocou a morte de Mayana, Anderson teve sua carteira cassada.

O juiz determinou a prisão de Anderson no dia 28 de fevereiro. Para cumprir o mandado, policiais chegaram até a se infiltrar em festas de carnavais onde Anderson poderia estar. Como o habeas corpus foi negado pela Justiça na sexta-feira (11), o rapaz se entregou hoje à polícia. De acordo com o advogado, Anderson estava em lugar “incerto”.

A Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) definirá para qual unidade prisional Anderson irá.

Mudança de Qualificação

O advogado de Anderson também disse que tentará mudar a qualificação do crime de homicídio doloso (quando se tem a intenção de matar) para homicídio culposo (quando não se tem). Segundo Castilho, isso é possível pois o seu cliente possui bons antecedentes, o acidente foi uma fatalidade e Anderson tem residência fixa.

Júri Popular

No dia 2 de março, o juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou que Anderson e o colega dele Wilian Johny de Souza Ferreira, de 25 anos, vão a júri popular no dia 30 de março por terem causado a morte de Mayana.

Anderson Moreno, segundo o despacho do juiz, já havia matado um motociclista no trânsito. O rapaz dirige desde os 14 anos de idade e, até hoje, não possui carteira de habilitação.

No dia acidente, Moreno dirigia um Vectra e o colega Wilian, um Uno. Eles seguiam pela Afonso Pena rumo ao Parque dos Poderes. Mayana teve o Celta arrastado pelo Vectra no cruzamento com a rua José Antonio. A jovem morreu 12 dias após o acidente. Durante os depoimentos um rapaz mentiu ao dizer que o sinaleiro estava aberto para a dupla. Logo depois, ele desfez sua declaração, daí foi perdoado pelo magistrado e escapou de punições