Adolescentes da UNEI Dom Bosco gravam rap de própria autoria

Baseados na estória do Tosco, um personagem da obra de Gilberto Mattje, adolescentes da UNEI Dom Bosco gravam rap contando a própria história. A fantasia da literatura se mistura com a realidade vivida por eles mesmos, em trechos melodiados mais ou menos assim: “Dentro desse lar em que você nasceu, logo a violência nele conheceu.…

Arquivo – 26/11/2011 – 00:20

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Baseados na estória do Tosco, um personagem da obra de Gilberto Mattje, adolescentes da UNEI Dom Bosco gravam rap contando a própria história. A fantasia da literatura se mistura com a realidade vivida por eles mesmos, em trechos melodiados mais ou menos assim: “Dentro desse lar em que você nasceu, logo a violência nele conheceu. Esperança já não existia, a vingança só prevalecia”.

O projeto, que é realizado em parceria com a Superintendência de Assistência Socioeducativa (SAS), Secretaria de Estado de Educação por meio da escola Evanilda Neres Cavassa e da Editora Alvorada, visa estimular e incentivar o retorno dos jovens à sociedade.

Segundo o autor do livro Tosco, cujo título inspirou o projeto, a obra desperta o leitor ao reflexo e penalidade de cada gesto. “O livro aborda ludicamente o leitor, levando-o a auto-percepção. À medida que o jovem percebe os efeitos danosos do seu comportamento e as consequências deste para si próprio, tenderão a rever suas atitudes”, afirma o Mattje.

Após gravarem o Rap, adolescentes se apresentam no próximo dia 30 de novembro, na festa de encerramento das atividades da Unei Dom Bosco. O evento, que está previsto para iniciar às 9h, contará com a participação das famílias dos socioeducandos e autoridades. “O objetivo é despertar nos adolescentes habilidades e competências para sua atuação em sociedade, a partir do tema A educação construindo a paz”, explica Eliete Barros, diretora da Escola Estadual Pólo Evanilda.

Resultados positivos

Em levantamento feito com 110 dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa nas oito UNEIs de Mato Grosso do Sul e que participaram do projeto, 72,5% perceberam em si mesmo uma melhoria de comportamento, como respeito com as pessoas, melhor conduta em sala e até mesmo gosto pela leitura após terem participado do projeto. “O livro é importante não só para quem está aqui dentro (UNEI) ler, mas para toda a sociedade perceber que todos podem ter uma segunda chance”, diz uma das adolescentes da UNEI.

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