Adolescente confessa assalto e violência sexual contra grávida
Rapaz e um comparsa maior de idade invadiram chácara em Campo Grande, amarraram as vítimas e, depois, decidiram estuprar duas mulheres, uma grávida. Ao lado, foto mostra W.V.O. ao sair da Deaij para fazer exame de corpo de delito antes de ser encaminhado para Unei.
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Rapaz e um comparsa maior de idade invadiram chácara em Campo Grande, amarraram as vítimas e, depois, decidiram estuprar duas mulheres, uma grávida. Ao lado, foto mostra W.V.O. ao sair da Deaij para fazer exame de corpo de delito antes de ser encaminhado para Unei.
O advogado de W.V.O., de 15 anos, negociou a apresentação dele na tarde desta segunda-feira, na sede da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). Ele foi ouvido pelo delegado Maércio Alves Barboza.
Na semana passada, Maércio Barboza encaminhou um pedido de mandado de busca e apreensão do menor, que é apontado como comparsa de Antônio Wanderly Rocha da Luz, o homem que planejou e executou um assalto a uma chácara no Jardim Itamaracá em Campo Grande, no dia 23 de dezembro. Depois de impor terror e fazer um “limpa” na casa, eles cometeram violência sexual contra duas mulheres, sendo uma delas grávida de oito meses.
O pedido foi concedido no dia 31, pelo juiz de plantão do fórum de Campo Grande, Wilson Leite. Segundo Maércio Barboza, o menor não tem registro na polícia como adolescente infrator.
A polícia já sabia quem era o menor envolvido na ação que, inclusive, mora em uma chácara vizinha à da família assaltada. Segundo uma das vítimas, W.V.O. foi o mais violento em toda a ação. Segundo Wanderley Rocha, foi o adolescente que teve a ideia de violentar sexualmente as duas mulheres.
Independente de quem teve a ideia, a lei agora diz que qualquer ato que remeta a sexualidade sem o consentimento da vítima como, por exemplo, obriga-la a fazer sexo oral ou ser tocada é caracterizado como estupro, explica Maércio Barboza.
Wanderly nega conjunção carnal com as mulheres, mas assume que obrigou a grávida a fazer sexo oral nele. Ainda de acordo com sua versão, o menor violentou a amiga da família que iria passar o natal na casa, juntamente com seu esposo e uma filha. Os visitantes foram rendidos quando chegavam à chácara.
Versão
O advogado do adolescente, Paulo Pedraza, conversou com a reportagem, enquanto seu cliente prestava depoimento ao delegado Maércio Barboza. Segundo ele, W.V.O. confirmou participação no assalto e estupro da mulher que iria passar o Natal com a família dona da chácara. Ele nega conjunção carnal com a grávida.
Ainda de acordo com o advogado, o menor disse que foi induzido por Wanderley para cometer o assalto e que, inclusive, ligou para os pais do menor dizendo que os dois iriam pintar uma casa. Isto para justificar a saída do garoto da casa dos familiares.
O menor ainda teria revelado ao advogado que fez um acerto com Wanderley, ficando com o relógio Rolex (valor de R$ 16 mil) e uma pequena quantidade em dinheiro.
Desde o dia do crime (23 de dezembro) até hoje o menor teria ficado escondido em um matagal próximo à sua casa.
O delegado Maércio Barboza disse que durante o depoimento o menor não esboçou nervosismo e nem arrependimento. O adolescente confessou que tanto ele quanto Wanderley Rocha estupraram a mulher que era visita. A grávida foi obrigada a fazer sexo oral nos dois.
Ao contrário do depoimento de Wanderley, o menor disse que seu comparsa foi o autor da ideia da violência sexual contra as duas mulheres. Em apenas um ponto eles falam a mesma coisa: as duas foram violentadas depois que os dois fizeram o “limpa” na casa, retornaram, retiraram as duas do banheiro e praticada a violência.
Segundo o delgado, os pais de W.V.O. estão chocados com o fato do filho estar envolvido no assalto e estupros. Eles não quiseram falar com a imprensa.
O menor foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) Los Angeles. O tipo de “penalidade” será definida por um juiz da infância e juventude. (Notícia editada as 19h09 para acréscimo de informações).
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