Christiano Luna de Almeida, de 23 anos, deixou a cadeia nesta segunda-feira. Juiz determinou que o jovem deverá se recolher à sua casa até as 22 horas e não poderá deixar Campo Grande sem autorização.

O estudante Christiano Luna de Almeida, de 23 anos, acusado de matar em março passado o segurança de boate Jefferson Bruno Gomes de Escobar, também de 23, foi solto hoje por força de um alvará de soltura expedido pela 2ª Turma Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas com algumas restrições.

Segundo o alvará, Christiano deverá comparecer, sempre que solicitado, a todos os atos processuais, deve se recolher à sua casa até as 22 horas, não pode sair de Campo Grande sem autorização e está proibido de ingerir bebida alcoólica e frequentar “casas noturnas, bares, boates, raves, exposições e estabelecimentos similares, bem como qualquer festa, seja em local residencial ou comercial, baladas, confraternizações, shows, jogos, amistosos e clubes de luta”.

Caso desrespeite essas condições, a concessão da liberdade provisória será revogada e ele terá que voltar para a prisão, mesmo que não haja prejuízo.

Christiano foi acusado de aplicar um golpe de arte marcial em Brunão. O caso foi registrado por câmeras instaladas dentro da boate Valley Pub, na Avenida Afonso Pena. Ele foi preso na madrugada do dia 19 de março e, desde então, estava detido no Presídio de Trânsito.

Nas imagens captadas dentro da boate, aparece Christiano provocando um garçom com um gesto obsceno e, depois, sendo retirado do local por seguranças. Fora do prédio, o rapaz caiu no chão e, ainda assim, insistiu em permanecer por ali. Houve troca de socos e, logo depois, o segurança passou mal, sentou-se numa cadeira e logo morreu.

O advogado de Christiano, Ricardo Trad, disse que a imprensa já havia “condenado” seu cliente. “O que houve foi um crime de rixa. Três seguranças o tiraram da boate à força e ele se defendeu a esmo”, disse o advogado.

Para Trad, o Ministério Público Estadual “exagerou” ao denunciar Christiano por homicídio doloso e motivo torpe. “Um mestre de jiu-jitsu há quase duas décadas disse em depoimento que não viu nenhum golpe de arte marcial ao examinar as imagens da briga”, disse ele.