Acordo sobre elevação do teto da dívida foi fechado, anuncia Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama anunciou em pronunciamento feito na Casa Branca, na noite deste domingo (31), que um acordo foi fechado pelos líderes do Congresso. Com o consenso entre lideranças republicanas e democratas da Câmara e do Senado, o país deve evitar o “calote” que corria o risco de acontecer a partir de […]
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O presidente dos EUA, Barack Obama anunciou em pronunciamento feito na Casa Branca, na noite deste domingo (31), que um acordo foi fechado pelos líderes do Congresso. Com o consenso entre lideranças republicanas e democratas da Câmara e do Senado, o país deve evitar o “calote” que corria o risco de acontecer a partir de 2 de agosto.
“Quero anunciar que os líderes dos dois partidos alcançaram um acordo que vai cortar gastos e evitar um default (termo técnico para o ‘calote’)”, disse o presidente. “A primeira parte desse acordo vai cortar cerca de 1 trilhão de dólares nos próximos dez anos, cortes com que ambos os partidos concordaram”.
Pouco antes, o líder da maioria democrata do Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, apoiou um acordo emergente para evitar que o Tesouro fique sem recursos para cumprir com os compromissos do governo, pendente de apoio das bases do partido, sinalizando que o impasse estaria próximo a uma solução.
A agência Reuters ouviu um assessor de congressista que disse que o Senado deve votar o acordo nesta segunda (1º).
O governo dos Estados Unidos corria contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliasse o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA poderiam ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, havia risco de calote.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.
Obama destacou que, como resultado do acordo fechado, “os EUA terão o nível mais baixo de gastos domésticos anuais desde que Eisenhower foi presidente”, mas ressalvou que ainda assim, é “um nível de cortes que permite fazer investimentos na criação de empregos, educação e pesquisa”. “Também asseguramos que esses cortes não acontecessem de forma tão abrupta. A solução definitiva para o déficit precisa ser equilibrada”, acrescentou o presidente.
O líder americano afirmou ainda que apesar da opinião de “alguns republicanos”, será necessário “pedir aos americanos mais ricos e às maiores empresas para abrir mão de benefícios fiscais”.
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