Pular para o conteúdo
Geral

42,8% dos alunos do 3º ano sabem o esperado em matemática, diz prova

Uma avaliação feita com alunos que cursaram em 2010 o 3º ano (2ª série) do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do país mostram que menos da metade (42,8%) das crianças aprendeu o mínimo que se era esperado no conteúdo de matemática para este nível do ensino, com uma grande diferença de desempenho entre […]
Arquivo -

Uma avaliação feita com alunos que cursaram em 2010 o 3º ano (2ª série) do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do país mostram que menos da metade (42,8%) das crianças aprendeu o mínimo que se era esperado no conteúdo de matemática para este nível do ensino, com uma grande diferença de desempenho entre estudantes de escolas privadas e públicas.

O resultado da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) mostrou ainda que 56,1% dos alunos aprenderam o que era esperado em leitura, e 53,4% dos estudantes tiveram desempenho dentro do esperado em redação.

A Prova ABC mostra ainda uma grande variação entre as regiões do país e as redes de ensino (pública e privada). Sul e Sudeste obtiveram os melhores desempenhos, enquanto Norte e Nordeste mostraram as piores avaliações.

A prova foi aplicada no primeiro semestre deste ano para cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do país para medir seu conhecimento do conteúdo até o 3º ano (2ª série).

A avaliação foi elaborada em uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Cada criança respondeu a 20 itens (questões de múltipla escolha) de leitura ou de matemática (o aluno fez testes de apenas uma das duas áreas). Além disso, todas elas escreveram uma breve redação, a partir de um tema único.

O objetivo foi avaliar o nível de conhecimento adquirido pelos alunos ao final do terceiro ano, que representa o fim do ciclo básico de alfabetização.

Matemática Na prova de matemática, o objetivo era obter no mínimo 175 pontos para mostrar domínio da adição e subtração e conseguir resolver problemas envolvendo, por exemplo, notas e moedas. Estes 175 pontos correspondem ao conhecimento esperado dos alunos desta série segundo escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). No total, 42,8% do total das crianças tendo aprendido o que era esperado para esta etapa do ensino em matemática.

A média nacional foi de 171,1 pontos, sendo que entre os alunos da rede privada foi de 211,2 pontos, a da rede pública ficou em 158,0 pontos. “As pessoas acham que alfabetização é apenas saber ler e escrever. Tem que se pensar na alfabetização numérica também, precisamos desde cedo que nossas crianças saibam as operações básicas de matemática”, diz o professor Ruben Klein, da Cesgranrio.

 “Para que o país possa ter conhecimento tecnológico e formar engenheiros é preciso desde cedo ter uma boa formação em matemática.” A média de 42 pontos percentuais entre os alunos da rede pública e os da rede privada chamaram a atenção na pesquisa.

Os pesquisadores destacam a preocupação em se corrigir o problema ainda na educação básica. “A tendência é este desempenho piorar nas séries mais avançadas”, diz Klein. “Pesquisa com estudantes que estão terminando o ensino médio mostram que só 11% atingem o conhecimento mínimo em matemática.”

Leitura

Na prova de leitura, os alunos, entre outras tarefas, tinham que identificar temas de uma narrativa, localizar informações, identificar características de personagens e perceber relações de causa e efeito contidas nestas narrativas. A média foi de 185,8 pontos na escala, sendo 216,7 pontos entre alunos da rede privada e 175,8 pontos para estudantes da rede pública.

Escrita

Na prova avaliação de escrita, a média esperada do desempenho dos alunos na redação era de 75 pontos. A média nacional ficou em 68,1 pontos, sendo a média das escolas públicas de 62,3 pontos e a das privadas 86,2 pontos. “Todas as crianças deveriam atingir 100% de aproveitamento. É um direito básico de educação”, afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. “É preciso um investimento pesado na formação de professores e na educação infantil. Para reduzir a desigualdade social é também preciso reduzir esta desigualdade educacional.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
poços indígenas água

Convênio garante R$ 15 milhões a programa que vai levar água para 34 mil indígenas em MS

Michel Augusto torce o pé, perde o bronze no Mundial de Judô e sai carregado por adversário

Grupo de trabalho é formado para planejar Observatório de Segurança Pública em MS

Motorista abandona carro com drogas e adolescente é apreendido pela PF

Notícias mais lidas agora

Guerra entre Israel e Irã impede volta de secretários do Governo de MS ao Brasil

Carpa, palhaço e cruz: o que significam tatuagens no submundo do crime

ex-coordenador apae

Acusado de desvios na Apae confessa que pagou R$ 12,3 mil para ‘sumir’ com quase meio milhão

cursos

Inscrições abertas para 70 cursos gratuitos de qualificação em MS

Últimas Notícias

Mundo

Israel promete avião para trazer autoridades brasileiras ‘presas’ na guerra; três delas são de MS

Estão abrigados em um bunker de hotel, onde passaram a madrugada desta sexta-feira (13).

Esportes

Palmeiras leva multa por cantos homofóbicos e arremessos de objetos em clássico com Corinthians

No jogo, foram arremessados objetos (duas cabeças de galinha) na direção do atacante rival Angel Romero

MidiaMAIS

Casal viaja 500 km para ver Natiruts e descobre cancelamento no meio da estrada: ‘falta de respeito’

Banda Natiruts cancelou show em Campo Grande horas antes da apresentação nesta quinta-feira (12)

Polícia

Carpa, palhaço e cruz: o que significam tatuagens no submundo do crime

As tatuagens podem identificar os ‘pares’ dos criminosos