Zebra aparece em jogo da Espanha; Bafana cai diante do Uruguai
Dia estranho na Copa do Mundo da África. Os espanhóis, tidos como os favoritos, perderam para a Suíça, que não aparece nem sequer entre os selecionados mediano. Saiba como foram os jogos. Fiasco dos espanhóis A Espanha é a típica seleção que parece sempre destinada a colocar os pés em uma Copa do Mundo para […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Dia estranho na Copa do Mundo da África. Os espanhóis, tidos como os favoritos, perderam para a Suíça, que não aparece nem sequer entre os selecionados mediano. Saiba como foram os jogos.
Fiasco dos espanhóis
A Espanha é a típica seleção que parece sempre destinada a colocar os pés em uma Copa do Mundo para deixar mais perguntas do que respostas. O que acontece com a Fúria quando a chapa esquenta? De que serve tanto talento e tão pouco resultado?
Algum dia será realmente possível ver esse país conquistar o mundo? No que depender da Suíça, não. Com um sistema defensivo muito bem armado, o time surpreendeu positivamente o planeta com uma vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Durban. E mais: são oito horas sem sofrer gols em Copas. Em 2006, fez quatro jogos e saiu intacta (foi eliminada nas oitavas, nos pênaltis). Os espanhóis voltam a lidar com seu maior trauma em um Mundial: prometer muito e cumprir pouco.
Gelson Fernandes, nascido em Cabo Verde, fez o gol da maior zebra que circulou pela Copa do Mundo na primeira rodada. A Espanha foi muito superior, controlou o jogo todo, mostrou um futebol vistoso, mas jamais conseguiu furar a forte defesa adversária. Foi a primeira vez na história em que a Suíça bateu a Espanha. “Um dia vai acontecer”, havia dito o técnico Ottmar Hitzfeld um dia antes da partida.
Com o resultado, a Suíça é líder do Grupo H da Copa do Mundo, ao lado do Chile, que bateu Honduras pelo mesmo placar horas antes. A Fúria volta a campo na segunda-feira, dia 21, em Joanesburgo, contra os hondurenhos. Os suíços, no mesmo dia, enfrentam os chilenos.
Bom futebol, mas cadê o gol, Fúria?
Em algum ponto da constituição espanhola deve estar escrito que é proibido tirar a bola do chão. Balões, bicos para longe, lançamentos lotéricos, tudo isso só é liberado em casos de urgência extrema. A verdade é que essa Espanha joga o melhor tipo de futebol: aquele que une técnica com organização, que casa o talento com a dinâmica.
Está na matemática a explicação para o jogo da Espanha no primeiro tempo contra a Suíça. Com Busquets, Xavi, Xabi Alonso, Iniesta e David Silva, a Fúria não tem cinco jogadores no meio: são dez, são 15, são múltiplos. Eles não se aquietam, não criam moradia em alguma parte específica do campo. A turma de Vicente del Bosque se movimenta como se tivesse formigas dentro dos meiões.
Foi por tudo isso que só deu Espanha no primeiro tempo. Mas faltou algo. Pior: faltou o principal. Cadê o gol, Fúria?
Faltou efetividade a uma Espanha amplamente dominadora na etapa inicial. Houve repetidas chances de gol, mas elas não foram das mais claras. Uma boa infiltração de David Villa, chutes cruzados de David Silva e Sérgio Ramos, tentativa de longe de Iniesta, nada de muito assustador. Chance boa mesmo, daquelas de levantar a torcida, só aos 23 minutos. Iniesta acionou Piqué na área. O zagueiro cortou Grichting e mandou o chute. O goleiro Benaglio saiu bem para abafar.
A Suíça não conseguiu atacar. Com aquele mesmo jeitão de quem não levou um gol sequer em quatro jogos na Copa de 2006, soube segurar a onda espanhola. A única oportunidade de gol do time treinado por Ottmar Hitzfeld foi em cobrança de falta de Ziegler. Casillas caiu bem para defender. No fim, o que mais chamou a atenção nos suíços no primeiro tempo foi a lesão de Senderos. O zagueirão se machucou após dividida com Lichtsteiner. Não teria nada de excepcional no lance se o tal do Lichtsteiner também não fosse suíço…
Senderos saiu de campo desolado, incrédulo com o que estava acontecendo. De fora, viu a Espanha seguir pressionando. Villa, em arrancada pela esquerda, fez Von Bergen quase chegar a Zurique com um carrinho todo atrapalhado. Na hora da conclusão, o atacante do Valência tentou encobrir Benaglio, mas errou o alvo. Cadê o gol, Fúria?
Incrível! Suíça derruba a favorita
Mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas. Foi o que passou pela cabeça dos espanhóis quando Gelson Fernandes, na largada do segundo tempo, aproveitou bobeada da zaga vermelha para colocar a Suíça na frente. O lance começou em um tiro-de-meta cobrado por Benaglio, passou por um desvio de cabeça no meio, teve sequência na corrida de Derdiyok, seguiu com a trapalhada dos zagueiros e terminou com o toque final de Fernandes. Piqué, sentado no chão, com um corte no rosto, era a imagem mais contraditória possível diante da euforia suíça.
Restou à Espanha partir ao ataque. A saída de Busquets, um volante, para a entrada de Fernando Torres, um atacante, deu o aviso de que era tudo ou nada para a Fúria. Os favoritos incrementaram a pressão, abafaram, testaram o goleiro uma vez atrás da outra. Villa, Torres, Iniesta, todos tentaram. Xabi Alonso, de fora da área, fez o travessão tremer, fez o Moses Mabhida inteiro balançar, com uma pancada sem tamanho. E nada.
Nada, nada e nada. A Suíça, quanto mais a Espanha atacava, mais avisava que até poderia fazer o segundo gol. Faltou muito pouco para realmente acontecer. Derdiyok partiu em disparada no contra-ataque, tirou a defesa para dançar e deu um toque lindo, com o lado de fora da chuteira, no contrapé de Casillas. A bola beijou a trave. Seria um golaço.
O desenho do jogo seguiu o mesmo, sem novos rabiscos drásticos, com a Suíça na dela, à espreita, e a Espanha abafando. Iniesta, lesionado, deu lugar a Pedro. Mas ficou na mesma, com aquelas perguntas martelando na mente espanhola: cadê o gol, Fúria? Cadê a vitória?
Fragilidade africana
Não chega ser um Maracanazo como o de 1950, mas o Uruguai empurrou a África do Sul para bem longe do sonho de passar às oitavas de final da Copa do Mundo em casa. Com dois gols de Diego Forlán e um de Pereira, a Celeste bateu os Bafana Bafana por 3 a 0 nesta quarta-feira, em Pretória, acabou com um jejum de vitórias em Mundiais que durava desde 1990 e assumiu a liderança do Grupo A. Para passar de fase, o time de Carlos Alberto Parreira tem que vencer a França na última rodada e ainda torcer por outros resultados.
Nesta quinta, os franceses pegam o México, às 15h30m (de Brasília), em Polokwane. As duas seleções têm um ponto, assim como os sul-africanos. O Uruguai soma quatro em duas rodadas. Na próxima terça, os Bafana fazem o desafio decisivo com a França, em Bloenfonteim, às 11h (de Brasília). No mesmo dia e horário, México e Uruguai se enfrentam em Rustemburgo.
A Celeste não vencia uma partida de Copa do Mundo desde 1990, quando encerrou a primeira fase com 1 a 0 sobre a Coreia do Sul. Depois foram duas derrotas (uma em 90 e outra em 98) e três empates (dois em 98 e um em 2006).
Carlos Alberto Parreira e a África do Sul seguem sem quebrar seus tabus. O treinador, que está no sexto Mundial pela quinta seleção diferente, só tem vitórias no comando do Brasil. E os Bafana continuam com apenas um triunfo na história da competição: 1 a 0 sobre a Eslovênia, em 2002 (oito partidas, uma vitória, quatro empates e três derrotas).
Eleito o melhor da partida pelos torcedores no site da Fifa, Forlán marcou aos 24 do primeiro tempo, em belo chute de fora da área, e aos 35 do segundo, de pênalti. Pereira fechou o placar de cabeça aos 50, no último lance da partida. Quem também se destacou foi Suárez, que criou as melhores jogadas da equipe e sofreu com faltas dos adversários, chegando a sangrar dentro do gramado. O goleiro Khune foi expulso por cometer a penalidade no camisa 9 uruguaio. O velho problema de força ofensiva da África do Sul voltou a aparecer: a primeira defesa do uruguaio Muslera só foi feita aos 23 do segundo tempo.
O jogo
Bem montado e com defesa sólida, o Uruguai começou melhor e teve três chances nos dez primeiros minutos. No ataque, Luis Suárez e Forlán criavam as melhores jogadas. Aos quatro, o camisa 9 deu um chapéu no zagueiro sul-africano e sofreu falta. Forlán cobrou duas vezes (na primeira, Pienaar se jogou na bola e levou cartão amarelo), mas parou na barreira. Aos sete, belo lance: tabela dos dois, Suárez entrou pela esquerda e chutou para fora.
Os Bafana só deram sinal de vida aos 13. Autor do primeiro gol da Copa com um chutaço contra o México, Tshabalala bem que tentou de novo, mas mandou longe da baliza. Dois minutos depois, o 8 sul-africano arriscou outra, mais uma vez sem mira.
Aos 24, Forlán mostrou como se faz. O camisa 10 da Celeste recebeu sozinho e chutou de fora da área. A bola bateu em Mokoena, encobriu o goleiro Khune, raspou no travessão e entrou. Golaço, o primeiro do Uruguai na Copa do Mundo.
O gol abalou a África do Sul, que não conseguia chegar perto do goleiro Muslera e ainda falhava na defesa. Aos 32, a zaga deixou a bola nos pés de Suárez, que driblou um rival pela esquerda e bateu, mas na rede por fora.
As vuvuzelas acordaram aos 39, quando os Bafana tiveram sua melhor chance para empatar: cruzamento de Modise da direita, Mphela tocou de cabeça e a bola saiu rente à trave de Muslera.
O Uruguai continuou melhor no segundo tempo e por pouco não ampliou o placar. Logo aos três minutos, Suarez cruzou da esquerda, mas Cavani chegou desequilibrado e tocou para fora. Dois minutos depois, o sempre perigoso Suarez entrou pela direita, driblou Khumalo e caiu. O árbitro não deu pênalti.
Aos oito, Lugano recebeu cruzamento e furou de cabeça, a bola bateu nas costas do capitão e saiu. Logo em seguida, Parreira tirou o volante Letsholonyane e colocou o meia Moriri. O time ficou mais ofensivo e passou a chegar, finalmente, perto do goleiro uruguaio.
Aos 20, Gaxa cruzou e Mphela, de cabeça, tocou para fora. Três minutos depois, a primeira defesa de Muslera: Modise chutou fraco de fora da área, no meio do gol, e o camisa 1 uruguaio pegou sem problemas.
A vida dos Bafana piorou aos 30. Suarez tentou duas vezes na área. Na primeira, Khune defendeu. Mas a bola voltou para o camisa 9, que driblou o goleiro e foi derrubado. Pênalti e cartão vermelho para Khune, que saiu desolado de campo. Parreira foi obrigado a tirar Pienaar e colocar Josephs no gol. Forlán cobrou aos 30, no alto, e marcou: 2 a 0.
Quando a torcida sul-africana já deixava o estádio, ainda houve tempo para o terceiro gol. Suarez apareceu bem na ponta direita e cruzou. O goleiro Josephs não conseguiu cortar, e Pereira, sozinho na pequena área, cabeceou para a rede. Foi o último lance do jogo. E o fim do jejum que já se arrastava por duas décadas.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
SAMU recebe seis novas ambulâncias em Campo Grande
As viaturas foram adquiridas em compensação pela retirada de oito veículos antigos do SAMU
Definido calendário do futebol de Mato Grosso do Sul na temporada 2025
Temporada começa no dia 18 de janeiro, com a abertura do Campeonato Estadual de Futebol Masculino da Série A, principal competição do estado
Ele é o pai? Exame de DNA de suposto filho de Leandro revela a verdade
Após entrar na Justiça, homem de 45 anos tem a verdade revelada a respeito da suposta paternidade de Leandro; veja o resultado do exame de DNA
Procura por material escolar já começou e papelarias de Campo Grande se preparam para ‘boom’ de janeiro
Papelarias de Campo Grande já estão com estoque pronto para ano letivo de 2025
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.