“Vou levar a vida para frente, cuidar do meu neto”, diz mãe de Eliza Samúdio já com a criança
Após criança passar por baterias de exames, Sônia Moura se prepara para trazer o neto para Campo Grande; filha Eliza Samúdio é pivô de um crime que chocou o País e envolveu o jogador de futebol Bruno, goleiro do Flamengo
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Após criança passar por baterias de exames, Sônia Moura se prepara para trazer o neto para Campo Grande; filha Eliza Samúdio é pivô de um crime que chocou o País e envolveu o jogador de futebol Bruno, goleiro do Flamengo
“Vou levar a vida para frente, cuidar do meu neto com amor e carinho porque infelizmente a mãe dele não vai poder”. Em lágrimas, e com o neto de 4 meses ao colo, a sitiante Sônia de Fátima Marcelo da Silva Moura deixou o consultório do pediatra Omar Oliveira, em Foz do Iguaçu (PR), nesta tarde. Segundo ela, poder cuidar do neto é uma forma de compensar o tempo que viveu longe da filha.
Sobre o goleiro Bruno do Flamengo, suspeito de arquitetar a morte da filha, Eliza Samúdio, 25, com quem a jovem teve um relacionamento amoroso, a mãe disse que preferia que o menino não fosse do jogador e também ainda não pensou em como vai dizer pro menino sobre a trágica relação dos pais dele.
A advogada dela, Maria Lúcia Borges, a acompanhou na viagem.
O bebê estava em Foz do Iguaçu (PR) com o pai da jovem desaparecida desde o dia 4 de junho. Luis Carlos Samudio é acusado de estuprar uma filha quando ela tinha 10 anos e essa informação pesou na decisão da Justiça paranaense em transferir a guarda provisória da criança para a avó, que mora no Distrito de Anhanduí, em Campo Grande.
Conselheiras tutelares levaram a criança para a avó no fórum da cidade.
A criança esteve o tempo todo ao lado da mãe quando ela foi vítima de violência, segundo os relatos divulgados pela polícia. Depois do desaparecimento de Eliza Samúdio, o menino foi encontrado com uma amiga da esposa de Bruno e a partir daí as evidências sobre o envolvimento do jogador no crime ficaram mais fortes.
Sem a mãe, a criança desenvolveu problemas respiratórios [bronquite] e a avó o levou para exames com pediatra. O avô, que perdeu a guarda, chegou a entrar com recurso para que o menino não fosse entregue a Sonia Moura. Ele alegou que o bebê estava doente e precisava de tratamento, mas o juiz não aceitou a justificativa e determinou que a criança fosse entregue para a avó.
“Ela está muito abalada, mas não vai sair um minuto de perto do neto. A criança vai preencher uma lacuna muito grande na vida dela”, conta uma pessoa próxima à família. Sonia teria sido vítima de agressões psicológicas e físicas quando viveu com Luis Carlos Samudio que teria separado a filha da mãe.
Sonia Samúdio está a caminho de Mato Grosso do Sul.
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