Vôlei: Brasil cai diante da Bulgária e pega caminho mais fácil
Poucas horas antes do jogo, Giba garantiu: “Vamos honrar o esporte”. Não foi nem de longe o que aconteceu neste sábado. Irritada com o regulamento do Mundial de vôlei, a seleção brasileira colocou um mistão em quadra e, com disposição zero de vencer, caiu diante da Bulgária por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20). […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Poucas horas antes do jogo, Giba garantiu: “Vamos honrar o esporte”. Não foi nem de longe o que aconteceu neste sábado. Irritada com o regulamento do Mundial de vôlei, a seleção brasileira colocou um mistão em quadra e, com disposição zero de vencer, caiu diante da Bulgária por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20). Em segundo lugar no grupo N, conseguiu o que queria: um caminho teoricamente mais fácil daqui em diante no Mundial de vôlei. O preço da vantagem, no entanto, veio em forma de protesto. A torcida em Ancona vaiou, fez gestos e virou as costas para a quadra, num dia para o vôlei esquecer.
– É uma mancha negra na minha carreira, eu também não queria passar por isso. Mas o campeonato começa na segunda-feira – lamentou Giba ao deixar a quadra em entrevista ao SporTV, criticando a Bulgária por ter entrado com um time misto.
A Bulgária fica com a liderança do grupo, e o Brasil avança para enfrentar na terceira fase Alemanha e República Tcheca, rivais teoricamente mais fáceis do que Cuba e Espanha, que estariam no caminho verde-amarelo em caso de vitória neste sábado. Além disso, a equipe não terá de passar por Florença e vai direto para Roma, que também será o palco das semis e da final.
– É horrível, estou me sentindo mal, mas não tem o que fazer. Não podia arriscar. O Bruno teve febre ontem, teve febre hoje, está gripado. Ele é meu único levantador e não podia correr o risco de ele ficar fora de uma partida decisiva. Mas como eles entraram também? Estavam só com reservas e vêm dar uma de moralista para cima de mim? A torcida está no direito dela, não jogamos nosso melhor voleibol, mas tem que ver tudo o que está acontecendo no Mundial – afirmou Bernardinho ao SporTV.
Na sexta-feira, os jogadores e o técnico do Brasil reclamaram muito do regulamento do Mundial, que segundo eles, favorece a Itália e cria situações como esta, em que a derrota vale mais que a vitória. No sábado, contudo, Giba afirmou que, como a Rússia “escapou” do confronto com o Brasil ao perder para a Espanha, o melhor seria a vitória – “Vamos entrar para ganhar”, prometeu.
Não foi o que se viu em quadra. Sem Murilo, poupado, e Bruninho, que amanheceu gripado, Bernardinho improvisou Theo como levantador e mandou à quadra um mistão que tinha ainda Rodrigão, Giba, Sidão, Dante e Leandro Vissotto, além do líbero Mário Jr. A Bulgária entrou sem seu principal jogador, o ponteiro Kaziyski, e ainda colocou em quadra o levantador e o líbero reservas. O resultado foi um jogo de baixíssimo nível técnico, sem um pingo de disposição na quadra.
O Brasil começou errando. Logo no primeiro saque, o “levantador” Theo jogou na rede. Duas falhas seguidas de Mário Jr deram à Bulgária 3/0 no placar. No banco de reservas, Bernardinho apenas observava. Próximo a ele, Bruninho, gripado e agasalhado até o pescoço, também olhava os companheiros em quadra. A primeira parada técnica foi com os búlgaros à frente: 8/5. Os erros dos dois lados deram a tônica do set. A seleção vacilava em bolas bobas, enquanto os europeus desperdiçavam chances.
A Bulgária mantinha a vantagem no marcador. Dante não tinha a mesma potência das outras partidas. Assim como Rodrigão, que via o ataque rival passar pelo seu bloqueio. Com 22/14, Bernardinho pediu tempo. Não gritou ou esbravejou, apenas reuniu a equipe. No retorno à quadra, as vaias tomaram o Palarossini. Depois que a Bulgária fechou em 25/18, os jogadores mudaram de lado ao gritos de “shame” – “vergonha”, em inglês.
Em quadra, ninguém parecia envergonhado. OS erros continuavam e, nas arquibancadas, a torcida se seguia inconformada. Gritava “buffone” – palhaçada, em italiano – e mostravam cartazes com a palavra “escândalo”. O Brasil chegou a ficar na frente, abrindo três pontos. Manteve a liderança até a segunda parada técnica, mas permitiu a reação da Bulgária. Mesmo sem Kaziyski, a equipe europeia conseguia pontuar facilmente. Virou para 21/18, e com um vacilo de Theo, fechou em 25/20.
Foi quando o público decidiu se virar de costas para a quadra. No terceiro set, os búlgaros chegaram a abrir 8/2. Apesar de ver a sua equipe perdendo dessa forma, Bernardinho não esboçava reação. Logo após a primeira parada técnica, o público gritou pela seleção de Camarões, que mesmo perdendo mostrou vontade de ganhar ao longo do campeonato.
Depois o placar até se equilibrou, mas ganhava os pontos quem errava menos. Àquela altura, a torcida no Palarossini já tinha desistido do jogo. Muitos foram embora antes do fim. E uma nova carga de fortes vaias tomou o ginásio quando a Bulgária fechou em 25/20 e venceu a partida que ninguém queria vencer.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
- Lula ficará com dreno na cabeça e na UTI do Sírio Libanês após cirurgia de emergência
- Motociclista bêbada é presa na MS-316 e diz que estava a caminho de entrevista de emprego
Últimas Notícias
De almoxarife a zelador, Funsat oferta 2.156 vagas de emprego em Campo Grande
A lista de vagas inclui oportunidades temporárias e para PCDs
Inquérito apura medidas adotadas pela Santa Casa após denúncia de formigas em paciente
Família denunciou situação em paciente idoso com traqueostomia
Empresário tenta recurso, mas Justiça mantém bloqueio de bens por golpe de R$ 48 milhões em MS
Empresa prometia lucros exorbitantes em investimentos aos clientes
Polícia prende homem e fecha entreposto de drogas em Dourados com quase 1 tonelada de maconha
Ação foi realizada pela PRF com o apoio de agentes do SIG
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.