Violência deixa nove mortos na Colômbia em dia de eleição

Em pleno segundo turno de eleições para presidente na Colômbia, um ataque da guerrilha no Departamento (Estado) Norte de Santander deixou pelo menos sete policiais mortos, no incidente mais grave do dia. Três guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) também foram mortos no Departamento de Meta.

Reforços policiais e militares foram enviados para perseguir os rebeldes, aparentemente do Exército de Libertação Nacional (ELN), que atua nessa região, perto da divisa com a Venezuela e na qual também operam as Farc.

Em Tibú também foram desativados alguns explosivos. Em San Jerónimo, também em Norte de Santander, supostos guerrilheiros queimaram material eleitoral.

Em outro incidente neste domingo, desta vez no Departamento de Meta, três guerrilheiros da Frente 53 das Farc morreram em um confronto com tropas do Exército e da Força Aérea da Colômbia.

Após a campanha eleitoral mais pacífica das últimas décadas, o governo destacou mais de 350 mil policiais e militares para garantir a segurança em todo o território nacional.

Violência fez sessões de votação serem mudadas

A Registradoria Nacional confirmou a mudança de 170 sessões eleitorais, em decorrência de ameaças de grupos guerrilheiros.

Segundo a imprensa local, no Departamento de Huila, vários homens, que se diziam membros das Farc, entraram em confronto com militares. Os jornais também apontam que bombas foram desativadas e um veículo de transporte coletivo foi incendiado em outros pontos do país.

Além da violência, a alta abstenção também ameaça as eleições. Apaixonados por futebol, os colombianos poderiam trocar o voto para assistir à disputa entre Brasil e Costa do Marfim na Copa do Mundo.

O mau tempo é outro vilão do dia. Fortes chuvas atingem diversas partes da Colômbia desde o início da manhã. As mais de 72 mil urnas serão fechadas às 16h locais (18h no horário de Brasília).

Candidato governista lidera intenções de voto

No primeiro turno das votações, no último dia 30 de maio, mais de 50% dos 29,9 milhões de cidadãos habilitados não compareceram ao pleito.

Com cerca de 14 milhões de votos, o candidato governista Juan Manuel Santos obteve 46,5% dos votos, não conseguindo a maioria necessária para ser eleito. O seu adversário na votação é Antanas Mockus, do Partido Verde (PV), que contou com 21,5% de respaldo.

Os primeiros dados referentes ao turno deverão ser divulgados logo após o fechamento das urnas, às 16h locais (18h no horário de Brasília).