Venda de veículos tem melhor 1º trimestre com IPI reduzido
A venda de veículos novos no país cresceu 17,9% no primeiro trimestre, no confronto com o mesmo intervalo no ano passado, batendo o recorde para o período –que pertencia a 2009– com o emplacamento de 788,1 mil unidades. Março isoladamente também apresentou a melhor marca mensal, com o impulso aos licenciamentos dado pelo último mês […]
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A venda de veículos novos no país cresceu 17,9% no primeiro trimestre, no confronto com o mesmo intervalo no ano passado, batendo o recorde para o período –que pertencia a 2009– com o emplacamento de 788,1 mil unidades.
Março isoladamente também apresentou a melhor marca mensal, com o impulso aos licenciamentos dado pelo último mês de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido, atingindo 353,8 mil veículos, 14,6% a mais do que o recorde anterior, que havia sido batido em setembro (308,7 mil unidades).
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Naquele mês, também houve corrida dos consumidores às concessionárias por causa do tributo, cuja alíquota voltou a subrir gradualmente em outubro.
A partir de hoje, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas terão a alíquota elevada de 3% para 7%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passará de 7,5% para 11%. Para caminhões, a isenção do tributo permanece até junho, quando a alíquota retorna a 5%.
O incentivo fiscal, concedido em dezembro de 2008 e que até o final de 2009 valia também para os carros a gasolina, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise econômica e estimular as vendas no setor.
A medida surtiu efeito, e os emplacamentos apresentaram um acréscimo de 11,4% no ano passado ante 2008, registrando o terceiro recorde anual consecutivo, com 3,14 milhões de unidades.
Confiança
De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getulio vargas), as indústrias de bens de consumo duráveis atingiram em março 90,9% de utilização da capacidade instalada, influenciadas pelo fim da redução de IPI para veículos e móveis. Na média, o uso ficou bem abaixo desse patamar (84,3%).
A confiança dos empresários desse segmento, aliás, caiu 4,4% entre fevereiro e março, ante um crescimento de 0,6% do índice geral. Para Aloísio Campelo, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, “essa pequena queda se deve à expectativa do que vai acontecer com o fim do benefício fiscal, mas o impacto deve ser moderado”.
O efeito, na sua avalição, será atenuado pelo crescimento da massa salarial, a geração de empregos e a redução da inadimplência.
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