Após amargar uma sequência de insucessos, o Palmeiras será obrigado a administrar mais uma crise neste final de temporada. No início da noite desta segunda-feira (20), o meio-campista Valdivia mostrou muita irritação com a forma com que foi tratado por alguns dirigentes no Palestra Itália, em entrevista dada à Rádio Eldorado/ESPN.

– Se o Palmeiras quiser que eu volte em 2011, tem que me respeitar, incluindo o técnico. Não vou aguentar que as pessoas falem mal de mim. Se for o caso, a gente pode sentar e ver a melhor forma de resolver.

Toda a confusão começou quando foi divulgada a notícia de que o Palmeiras solicitou aos atletas a assinatura de um documento para se cuidarem no período de férias. A papelada foi até encaminhada ao Sindicato dos Atletas Profissionais.

– O que foi falado é mentira, não foi um documento entregue a todos, foi exclusivamente para mim, desconfiando da minha contusão.

Valdivia aponta que atuou lesionado para ajudar o Palmeiras em partidas decisivas da Copa Sul-Americana. Aliás, ele deixa a entender que foi pressionado a entrar em campo sem as condições ideais.

– Eu fui até romper e agora passei a ser um vilão.

A irritação de Valdivia está direcionada principalmente ao diretor de futebol Wlademir Pescarmona, que já havia entrado em conflito com outros atletas. Segundo o chileno, a relação com o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo segue intacta.

Mas a língua afiada de Valdivia também é direcionada a Felipão.

– Quando precisou de mim, fui lá e joguei. Depois, quando não deu mais, começou a falar que eu não ia tratar. Joguei cinco partidas seguidas machucado. O departamento também foi pressionado a me colocar.