Dos 345 relatos de agressões a profissionais de saúde, no período de janeiro a setembro, 17% ocorreram na UPA da Vila Almeida; em segundo lugar, vem a Unidade 24h do Bairro Coronel Antonino com 16%

Como parte de uma campanha contra a violência nos postos de saúde, foi realizada uma pesquisa entre os dias primeiro de janeiro de 2010 e 23 de setembro de 2010. O estudo feito em nove UPA´s (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande, apontou a ocorrência de 345 relatos de agressões contra profissionais de saúde, em um período de 252 dias. Do total de registros, a UPA da Vila Almeida, é responsável por 17% dos casos.

A Unidade 24h do Bairro Coronel Antonino está em segundo lugar na lista de agressões, com 16% das ocorrências. As Moreninhas apresentaram o menor índice de violência, com 22 casos registrados, o que representa 6,4%. Segundo o vice-presidente do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos), Marco Antônio Leite, é preciso que todos os poderes se sensibilizem para que tais fatos não aconteçam mais.

“Este é um problema de longa data que até agora não acharam solução. A violência não tem afetado somente os profissionais de saúde, ela prejudica muito a população. As autoridades competentes precisam tomar providências para que isso não fique ainda pior”, declara o vice-presidente.

De acordo com o médico e autor dos estudos, Renato Figueiredo, a intenção da pesquisa é proporcionar melhores condições de trabalho aos profissionais, para que o reflexo disso seja respeito e tratamento digno à população. “Precisamos mobilizar a sociedade e os órgão públicos para este fato. Os dados levantados precisam de solução prática, não podem virar apenas estatísticas”, diz Renato.

Em decorrência a todos estes problemas que vem acontecendo, o Sinmed-MS, juntamente com outras entidades de classe que também lutam pela mesma causa, vão iniciar a campanha para a segurança nos postos de saúde. O ato terá início dia 10 de novembro, na UPA da Vila Almeida, e contará com a participação de profissionais da área de saúde que sofrem com o problema no dia a dia.

“Nossa campanha vai iniciar dia 10 de novembro, mas não temos data para terminar. Solicitamos ao presidente da Câmara Municipal de Campo Grande uma audiência pública para discutir o assunto, pois é preciso resolver o problema com urgência. Nós não queremos ser mais agredidos e a população não quer mais ser prejudicada”, ressalta o vice-presidente do sindicato.