Milhares de pessoas estão visitando hoje Cemitério Municipal Santo Antônio de Pádua de Dourados, o mais antigo da cidade.

O que chama a atenção é que na parte mais antiga do cemitério dezenas e dezenas de túmulos estão abandonados e tomados por ervas daninhas além da corrosão provocada pela exposição ao sol e a chuva.

 A empregada doméstica Sinira Albertoni preferiu dizer que os túmulos antigos foram esquecidos pelos familiares. Todos os anos Sinira visita a tumba de seu marido e sempre leva um vaso de flores e vela a mais para acender nos túmulos que não visitados pelos parentes.

Até mesmo aqueles túmulos que pela aparência pertencem às famílias mais abastadas estão em má conservação. O funileiro Pedro Sebém da Silva disse que há dez anos não visitava o túmulo do seu pai.

“Estava morando em Rondônia e nunca conseguia vir a Dourados por falta de dinheiro. Agora que voltei a morar a aqui vou reformar o túmulo e nunca até o final da minha vida foi cuidar da sepultura”, disse o funileiro que sugere a Prefeitura que faça uma campanha para incentivar as pessoas a cuidarem dos túmulos de seus parentes.

Além do Santo Antônio de Pádua, a cidade de Dourados conta com o Cemitério Parque Dourados que é particular e os túmulos são uniformes devida a proibição de se fazer construções suntuosas.

Ao lado do Parque Dourados está sendo construído um novo cemitério privado que deverá entrar em funcionamento nos próximos meses.

O historiador Magno Mieres afirmou que a arte de construção dos túmulos varia de acordo com a cultura do povo e acompanha o estilo de cada época e região levando-se em conta a religiosidade e a fé das pessoas.

Conforme Magno, cada túmulo reflete o poder econômico dos familiares do morto e a intensidade dos sentimentos em relação ao ente perdido.