Tesoureiro do PT é acusado de cobrança de propina

A Procuradoria-Geral da República investiga se o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, cobrava propina de empresários interessados em se associar a fundos de empresas estatais, afirma reportagem da revista “Veja”. Segundo a revista, a denúncia foi feita ao Ministério Público Federal pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que colabora com as investigações do esquema […]

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A Procuradoria-Geral da República investiga se o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, cobrava propina de empresários interessados em se associar a fundos de empresas estatais, afirma reportagem da revista “Veja”.

Segundo a revista, a denúncia foi feita ao Ministério Público Federal pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que colabora com as investigações do esquema do mensalão em troca de redução de pena.

Em depoimento, Funaro contou que Vaccari atuava informalmente como representante do governo federal na intermediação de investimentos dos fundos de pensão em negócios privados.

Vaccari é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por supostamente desviar recursos da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) para as campanhas eleitorais do PT, acusação que ele nega.

A Bancoop também recebeu aporte de recursos dos fundos de pensão. Essa operação é alvo de outro inquérito, este conduzido pela Polícia Federal. Em nota, a cooperativa voltou ontem a negar irregularidades.

Segundo a “Veja”, Funaro revelou que, para incluir os fundos em negócios privados, Vacccari cobraria propina de 12% para ser repassada ao PT. O dinheiro alimentaria campanhas e serviria para a compra de apoio político.

A Folha tentou entrar em contato com a Procuradoria e com Vaccari, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. A reportagem fez outros pedidos de entrevista ao tesoureiro durante a semana, todos negados.

Funaro, segundo a revista “Veja”, seria denunciado como réu na ação penal do mensalão, que tramita no Supremo Tribunal Federal, mas fez acordo de delação premiada.

O doleiro é antigo dono de uma corretora citada no inquérito. A instituição é acusada de comprar de parlamentares informações privilegiadas para operar no mercado financeiro.

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