O tempo de São Paulo está acabando caso a maior cidade da América do Sul queira sediar partidas da Copa do Mundo de 2014, disse o presidente do comitê organizador local e da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, nesta quinta-feira.

A situação se tornou confusa no mês passado, quando o comitê local e a Fifa desistiram do local proposto, o Estádio do Morumbi, porque não foram fornecidas garantias financeiras para a reforma da arena.

“Teremos a definição se São Paulo pretende realmente fazer a abertura ou só participar da Copa, pois o prazo está afunilando. Eu diria que estamos perigosamente perto da data limite. Este problema de São Paulo precisa ser resolvido o mais rápido possível”, disse Teixeira aos repórteres.

Teixeira disse ter tido uma conversa breve com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), na semana passada, mas que precisa se encontrar com o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), quando voltar ao Brasil antes de oferecer informações mais concretas.

“Não ficou nada determinado com o prefeito Kassab. Tão logo eu retorne ao Brasil e ele de suas férias, teremos uma reunião com o governador”, afirmou Teixeira.

PREOCUPAÇÕES FINANCEIRAS.

O dirigente evitou responder diretamente a uma pergunta sobre comentários do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, que disse em maio que o Brasil está atrasado nos preparativos.

“No mês que vem vamos ter os relatórios da análise financeira dos projetos de estádios e vamos ver se existe um problema ou não”, declarou.

Ele, entretanto, admitiu haver preocupações com o financiamento do estádio de Curitiba.

Teixeira disse que o maior problema enfrentado pelo Brasil são seus aeroportos antigos e muitas vezes pequenos, embora não tenha fornecido nenhuma informação sobre possíveis modernizações, alegando que esse assunto é de responsabilidade da estatal Infraero, que controla os aeroportos do país.

O Brasil foi eleito sem concorrentes em 2007 para sediar p torneio sob um sistema de rotação que não durou muito tempo. A mesma política também levou o Mundial deste ano para a África do Sul.