Sobre camisinhas, prefeito diz que até Papa mudou de opinião

O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) elogiou a Câmara dos Vereadores pelo agendamento de audiência pública para discutir a possível instalação de máquinas dispensadoras de camisinhas em escolas da rede pública como prevê proposta do governo federal. Um projeto de autoria do presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), quer proibir a instalação das […]

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O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) elogiou a Câmara dos Vereadores pelo agendamento de audiência pública para discutir a possível instalação de máquinas dispensadoras de camisinhas em escolas da rede pública como prevê proposta do governo federal. Um projeto de autoria do presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), quer proibir a instalação das máquinas.

Antes de emitir sua opinião sobre a proposta do governo federal, o prefeito quer debater o assunto com a sociedade. Ele deve participar da audiência agendada para o dia 1º de dezembro.

“Vamos ouvir educadores, progressistas e conservadores. Quero ouvir a Igreja Católica e evangélicos. Até o Papa recentemente liberou o uso da camisinha em alguns casos. Assim como na década de 60 e 70 a pílula anticoncepcional chegou e deu aquela celeuma toda, agora nós estamos diante de uma situação como esta para evitar gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis”, citou hoje pela manhã ao entregar veículo do programa IPTU dá Prêmios na Central de Atendimento ao Cidadão.

O prefeito informou já ter conversado com os vereadores sobre o assunto. “Mais importante do que ser a favor ou contra foi a iniciativa da Câmara provocada por Loester Nunes [PDT] de debater melhor esta questão”, reiterou.

Em um livro de entrevistas, o Papa Bento XVI afirma que o uso de preservativos é justificado “em certos casos”, especialmente para reduzir o risco de contaminação pelo vírus da Aids. O Papa cita como exemplo uma prostituta que, ao usar o preservativo para se proteger, estaria dando “o primeiro passo para uma moralização”.

O livro, que será publicado na Alemanha e tem como título “Luz do mundo: o Papa, a Igreja e os sinais do tempo”, é baseado em 20 horas de entrevistas conduzidas pelo jornalista Peter Seewald. Até o momento, o Vaticano proíbe o uso de qualquer forma de contracepção – aceita apenas a abstenção -, mesmo como forma de evitar doenças sexualmente transmissíveis. Com reportagem do Portal G1.

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