Situação da saúde em MS volta a pauta do Senado Federal
A situação precária do sistema de saúde pública em Mato Grosso do Sul, voltou a pauta da bancada do Senado Federal nesta terça-feira. O senador Valter Pereira (PMDB) usou a tribuna para novamente denunciar a crise que o Brasil enfrenta no setor em especial a situação da Santa Casa de Campo Grande. Segundo o pronunciamento […]
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A situação precária do sistema de saúde pública em Mato Grosso do Sul, voltou a pauta da bancada do Senado Federal nesta terça-feira. O senador Valter Pereira (PMDB) usou a tribuna para novamente denunciar a crise que o Brasil enfrenta no setor em especial a situação da Santa Casa de Campo Grande.
Segundo o pronunciamento do senador, no local a crise é tamanha que pacientes se acumulam nos corredores à espera de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou vaga no centro cirúrgico.
“Faltam ainda profissionais, equipamentos, medicamentos e material de consumo. É preciso a mudança de mentalidade para encontrar uma modalidade de gestão que transforme os recursos públicos em atenção básica de saúde”, denunciou Pereira durante o discurso.
Ele leu em plenário alguns trechos de um documento escrito pelos responsáveis pelo pronto-socorro da Santa Casa, onde há relatos de pacientes com insuficiência respiratória que recebem socorro por meio de aparelho manipulado manualmente pelos enfermeiros por até 10 horas seguidas no pátio da instituição.
“Em meio a esse caótico atendimento, o hospital transforma-se em shopping de diagnóstico hospitalar terceirizando o grosso de seus serviços”, relatou o parlamentar.
Hospital Regional
Valter Pereira citou também a situação da falta de aparelhos para radioterapia no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. O tratamento é transferidos para a rede privada.
O senador lembrou que o Ministério Público Federal (MPF), chamado a intervir, considerou que a situação deveria ser apenas complementar, mas tornou-se “medida corriqueira”, e com a fila de espera de 170 pacientes a transferência de recursos podem alcançar a cifra de R$ 1,8 milhão no sistema privado, por falta de investimento do sistema público do estado.
Na ocasião, o governador do estado, André Puccinelli, afirmou ao MPF que não tem a intenção de investir em equipamento de radioterapia.
Para Pereira, o sistema público de saúde funciona apenas na teoria, mas é falho no atendimento prático aos pacientes.
“O SUS é o sistema perfeito no discurso e na teoria, na prática é o caos, afirmam os promotores. O atendimento na rede pública não existe. As promotorias municipal e estadual admitem que o custeio em clínica particular apresenta-se como solução provisória”, relatou ele.
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