Silvio Santos mostrou disposição em vender suas empresas, diz FGC

O empresário Silvio Santos demonstrou interesse em se desfazer de suas empresas para tentar salvar o Banco Panamericano, afirmou o diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva. Já na primeira reunião com o fundo, na tarde do dia 11 de outubro, o empresário se mostrou preocupado em não […]

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O empresário Silvio Santos demonstrou interesse em se desfazer de suas empresas para tentar salvar o Banco Panamericano, afirmou o diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva. Já na primeira reunião com o fundo, na tarde do dia 11 de outubro, o empresário se mostrou preocupado em não causar prejuízo ao mercado e aos funcionários do banco. “Ele não mostrou apego às empresas para salvar o banco.”

Segundo Bueno, Silvio Santos se mostrou “indignado e chateado” ao saber da situação do banco, com um rombo avaliado pelo Banco Central em R$ 2,5 bilhões. As garantias dadas pelo empresário contribuíram para a rapidez da montagem da operação. Segundo Bueno, foi o Banco Central quem sugeriu ao empresário que procurasse o fundo. Na manhã do dia 11, Silvio se reuniu com o BC e na tarde do mesmo dia com os executivos do fundo.

O empresário deu como garantia cinco de suas empresas que, em conjunto, controlam 40 companhias do conglomerado. As empresas foram a perfumaria Jequiti, o Banco Panamericano, a rede de televisão SBT, as Lojas do Baú e a Liderança Capitalização. Essas companhias garantem as debêntures de R$ 2,5 bilhões que a SS Participações, holding que controla o grupo, emitiu para o FGC. Ao todo, foram emitidas, de forma privada, 250 mil debêntures a R$ 10 mil cada. O papel tem prazo de 10 anos, três anos de carência e correção somente para o IGP-M.

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