Seu animal doméstico sumiu? Já há empresas especilizadas na procura

Salvar um animal de estimação que escapou da casa dos donos e corre o risco de morrer é uma tarefa para profissionais. Os bombeiros costumam atender aos chamados para retirar gatos do alto de postes ou de telhados quase inacessíveis. Os técnicos dos Centros de Controle de Zoonoses são treinados para recolher das ruas cachorros […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Salvar um animal de estimação que escapou da casa dos donos e corre o risco de morrer é uma tarefa para profissionais. Os bombeiros costumam atender aos chamados para retirar gatos do alto de postes ou de telhados quase inacessíveis. Os técnicos dos Centros de Controle de Zoonoses são treinados para recolher das ruas cachorros abandonados. Mas não é atribuição desses órgãos procurar por mascotes em perigo ou desaparecidas. Em alguns casos, além de rondar a vizinhança chamando pelo bicho ou espalhar cartazes com apelos como “gratifica-se bem” e “criança doente”, a saída é recorrer aos caça-pets.

Os caçadores de animais domésticos são quase sempre veterinários especializados em atender aos chamados de urgência e salvar bichos de estimação à beira da morte. Foi essa a ideia que levou Oscar Sils e Daniel Labonia, de São Paulo, a criar a Osgate, uma empresa de socorro e transporte de pets acidentados, adoecidos ou foragidos. Para garantir a eficiência do serviço, a dupla equipou uma viatura com recursos de uma UTI móvel veterinária. O veículo carrega cilindro de oxigênio, monitor cardíaco, desfibrilador, medicamentos e outros itens capazes de garantir os primeiros socorros no caminho para a clínica. Hoje, a Osgate recebe em média três ligações por dia, cobrando entre R$ 80 e R$ 150 por chamado, dependendo do grau de dificuldade.

Na maioria dos casos, os clientes conhecem o paradeiro do animal, mas não são capazes de retirá-lo do lugar onde se meteu. “Uma vez fomos chamados para encontrar uma iguana que fugiu do terrário”, diz Oscar. “Reviramos a casa toda e a encontramos dentro de uma impressora de computador. Tivemos de desmontá-la para tirar o bicho de lá.” Encontrar animais perdidos é uma tarefa com baixo índice de sucesso. “É difícil evitar que um animal escape”, diz Oscar. “Quanto mais cedo se começa a procurar, é mais fácil de encontrar” (leia no quadro alguns cuidados que ajudam a evitar a fuga de cães e gatos).

Há dois anos, o casal Luciano de Oliveira Pedroso, de 35 anos, e Andréia Cristina de Paula, de 32, criou o Fofão, que atua na Grande São Paulo e no litoral paulista. O serviço atende em média a 80 chamados por mês. “Não somos veterinários, mas temos treinamento”, diz Luciano. “Sempre gostei de animais. Fui fiscal da União Internacional Protetora dos Animais durante cinco anos e aprendi noções de resgate.” De tanto socorrer animais de forma voluntária, ele decidiu se profissionalizar. “Criamos um serviço particular que pudesse socorrer e transportar em casos de urgência.”

O serviço é uma mistura de táxi e ambulância: transporta animais que precisam de cuidados especiais, mas sem os mesmos aparatos da UTI móvel da Osgate. “Às vezes o animal fica indócil ou sente dores e por isso oferece resistência para ser transportado”, diz Luciano. Ele e Andréia acalmam o bicho para facilitar a remoção, mas só fazem o transporte se houver um responsável. “Não recolhemos os animais. Fazemos o atendimento e levamos para o hospital, sempre com alguém que se responsabilize”, afirma. O preço do serviço varia conforme a distância.

Conteúdos relacionados