Serra: reforma da Previdência deve mudar idade mínima

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje a um público formado por servidores que numa eventual reforma da Previdência seria mais favorável a uma mudança no critério de idade mínima do que a uma alteração no valor do pagamento das aposentadorias. “Toda questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, […]

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O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje a um público formado por servidores que numa eventual reforma da Previdência seria mais favorável a uma mudança no critério de idade mínima do que a uma alteração no valor do pagamento das aposentadorias. “Toda questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, que funcione. Eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração”, afirmou.

“Esta é uma questão importante, mas é algo que temos de examinar com abertura para fazer uma coisa séria”, disse o candidato, no Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), no Sindicato dos Fiscais de Renda de São Paulo.

O candidato se disse favorável à aposentadoria integral para servidores públicos. “E também não precisa se aposentar com quarenta e poucos anos, como ocorre em alguns casos”, afirmou. Durante seu discurso, o tucano defendeu a profissionalização do Estado e a valorização do funcionalismo público. “O Estado tem de ser forte e ágil, não pode ser também um Estado obeso em função do aumento político-partidário”, disse.

Serra criticou também o loteamento de agências reguladoras e empresas estatais e citou as denúncias envolvendo os Correios. “Vou estatizar os Correios”, prometeu o candidato, ao dizer que órgãos públicos estão sendo “privatizados” por partidos e sindicatos. O tucano defendeu a valorização dos servidores e a admissão de funcionários por meio de concursos públicos. “Sou um fanático por concursos”, disse.

No evento, o candidato do PSDB se disse contrário a uma reforma constitucional no sistema tributário do País e defendeu mudanças pontuais em alguns setores. Criticou a proposta de reforma tributária apresentada recentemente pelo governo federal, a qual classificou como “um cataclismo nuclear fiscal”. “(A proposta de reforma tributária do governo) virou um mostrengo que iria destruir o Brasil”, disse.

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