Sérgio Cabral minimiza risco de segurança para Rio-2016

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), voltou nesta sexta-feira a minimizar a possibilidade de que ocorram problemas de segurança na cidade do Rio durante os Jogos Olímpicos de 2016. Após encontro com representantes do comitê organizador da Olimpíada de Londres-2012, na capital britânica, Cabral lembrou do investimento dos governos federal, estadual e municipal de […]

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O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), voltou nesta sexta-feira a minimizar a possibilidade de que ocorram problemas de segurança na cidade do Rio durante os Jogos Olímpicos de 2016.

Após encontro com representantes do comitê organizador da Olimpíada de Londres-2012, na capital britânica, Cabral lembrou do investimento dos governos federal, estadual e municipal de mais de R$ 1,8 bilhão na segurança do Rio.

Ele também mencionou a criação, na última terça-feira, das Bolsas Copa e Olímpica, para reforçar os salários dos profissionais de segurança pública nas capitais que sediarão os eventos em 2014 (Copa do Mundo) e 2016.

“Eu não tenho a ilusão de acabar com o negócio das drogas. O que eu tenho é a certeza de que, com essa nossa política de Estado, nós vamos conseguir acabar com o poder paralelo, com o controle das armas nas comunidades do Rio”, disse. “Hoje quase 200 mil pessoas vivem a paz de poder dormir sem o poder paralelo nessas comunidades.”

“O problema do tráfico de drogas é mundial. Em Londres, em Paris, em Nova York, em Lisboa, em Tóquio, as pessoas consomem drogas”, concluiu.

O mesmo argumento foi usado pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do comitê organizador da Rio-2016, Carlos Nuzman, que acompanhou Cabral em Londres.

“Segurança é um problema que acontece em todo o mundo. E nós não temos terrorismo”, disse.

Tony Blair

Nuzman, Cabral e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, estão em Londres pela primeira vez desde que o Rio foi confirmado como a cidade-sede dos Jogos de 2016.

Os representantes brasileiros visitaram o Parque Olímpico que está sendo construído no leste da capital britânica e se encontraram com membros da ODA (Olympic Delivery Authority), órgão governamental responsável por desenvolver e construir as instalações e a infraestrutura dos Jogos –no que o Brasil pretende usar como modelo para a APO (Autoridade Pública Olímpica), que poderá ser presidida por Silva.

O trio deve ainda se encontrar, neste sábado, com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que estava no poder quando Londres se candidatou e foi anunciada como sede dos Jogos de 2012.

“Ele tem uma larga experiência a nos passar sobre toda a estratégia de Londres depois que ela levou a Olimpíada, em 2005, até o fim de seu mandato, em 2007. É exatamente nessa fase de planejamento que nós estamos agora, e ouvir, aprender, é muito importante”, disse Cabral.

“Não-ansiedade”

Segundo ele, a principal lição de Londres para os representantes da Rio-2016 é o profissionalismo.

“É muito importante notar a ‘não-ansiedade’ dos organizadores de Londres”, disse. “É natural que a sociedade, a imprensa e as organizações façam cobranças. Mas Londres passou dois anos fazendo apenas planejamento, para depois começar a construir e isso foi muito importante.”

Nuzman anunciou ainda que a Rio-2016 contratou uma agência britânica para cuidar da contratação de diretores e executivos do comitê organizador. A mesma empresa foi responsável por montar os quadros dos Jogos de Londres e dos Jogos de Inverno de Vancouver.

“Vamos procurar pessoas no mercado brasileiro e internacional. Deve haver alguns estrangeiros pois vamos precisar de pessoa com experiência em Olimpíadas”, afirmou.

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