Sem-terra protestam com barreiras nas principais rodovias de MS e ocupação do Incra

Enquanto protestos fecham as principais rodovias de Mato Grosso do Sul, cerca de 150 acampados continuam no estacionamento e na frente da sede regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. Eles protestam por melhores condições nos assentamentos.

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Enquanto protestos fecham as principais rodovias de Mato Grosso do Sul, cerca de 150 acampados continuam no estacionamento e na frente da sede regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. Eles protestam por melhores condições nos assentamentos.

Enquanto protestos fecham as principais rodovias de Mato Grosso do Sul, cerca de 150 acampados continuam no estacionamento e na frente da sede regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. Os sem-terra ligados à Fetagri e ao MST protestam por melhores condições nos assentamentos do Estado.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura de MS (Fetagri) organizou a interdição de pelo menos quatro rodovias federais e estaduais que cortam Mato Grosso do Sul na manhã desta quinta-feira (25). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há pontos de interdição na BR-262 entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo (km 300), BR-267, entre Nova Alvorada do Sul e o distrito de Casa Verde (km 170); e BR-463 entre Dourados e Ponta Porã (km 35).

Já a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informa sobre paralisação do tráfego na MS-060 entre Campo Grande e Sidrolândia (km 25). Há outras localidades bloqueadas, mas ainda não houve confirmação sobre os trechos.

De acordo com a Fetagri, os sem-terra mantêm oito pontos bloqueados em rodovias. A medida é em protesto à morosidade dos trabalhos do Incra no Estado, depois das denúncias e prisões de membros do órgão, acusados de corrupção.

Já as reivindicações do MST (Movimento dos Sem Terras), que organizou a ocupação da sede do Incra são em relação à liberação de uma verba para a construção de 4 mil casas para assentamentos a acampamentos no Estado. Cada casa custaria em torno de R$ 15 mil, de acordo com Valdirene de Oliveira, 39, uma das líderes do MST no local.

Representantes de vários assentamentos como Santo Antonio de Itaquiraí, Floresta Fernandes de Batayporã, 17 de abril (Nova Andradina), Estrela do Sul (Angélica), Santa Luzia (Nova Alvorada do Sul).

O superintendente regional do Incra em MS Manuel Furtado Neves se reuniu nesta quarta-feira (24) com o presidente nacional do Incra, Rolf Hackbart em Brasília-DF.

As lideranças dos Sem-Terras aguardam uma resposta na audiência que está marcada para a tarde desta quinta-feira (25) junto com o superintendente regional do Estado.

Segundo Valdirene, há assentamentos em Mato Grosso do Sul que há 5 anos não recebem verbas de crédito. Ela também cita como problema, o assentamento de brasiguaios na BR-163 no km 97 em Itaquiraí. Segundo ela, os assentados receberam uma ordem de despejo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) com ordem de retirada até o dia 28 deste mês.

A promessa é a de que eles seriam levados para o assentamento Santo Antonio, também em Itaquiraí. Porém o local já possui 636 famílias que vivem em condições precárias, sem água e infra-estrutura.

(Colaborou: Hélder Rafael. Atualizado às 10h25 para acréscimo de informações)

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