Secretaria nega que Bruno tenha tentado se matar na prisão

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro negou a informação dada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, no Fórum de Jacarepaguá, nesta sexta-feira, de que o goleiro Bruno Souza tentou se matar “várias vezes”. De acordo com a secretaria, em nenhum momento ele tentou suicídio. Os dois estão presos desde […]

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A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro negou a informação dada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, no Fórum de Jacarepaguá, nesta sexta-feira, de que o goleiro Bruno Souza tentou se matar “várias vezes”. De acordo com a secretaria, em nenhum momento ele tentou suicídio. Os dois estão presos desde julho por suspeita de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta.

De acordo com a nota divulgada pela secretaria, Bruno passou por avaliação psiquiátrica que diagnosticou depressão e indicou que ele não deveria ficar totalmente isolado. “A partir desse laudo médico, Bruno Fernandes das Dores de Souza passou a dividir a cela com o interno Luiz Henrique Romão. Esse procedimento foi adotado uma vez que seria impossível que o interno em questão dividisse a cela com outros presos da unidade”, diz a nota.

Durante audiência de instrução e julgamento do processo de sequestro e lesão corporal movido pela ex-amante, Macarrão e Bruno deveriam ser ouvidos, mas exerceram o direito de permanecerem calados. Macarrão apenas disse não aguentar mais a situação de estar preso e que o amigo teria tentado o suicídio. Após isso, Macarrão afirmou que não falaria mais nada.

De acordo com o Ércio Quaresma, advogado de defesa de Bruno e Macarrão, o goleiro teve nove desmaios e teria tentado se matar duas vezes nos últimos seis dias. O advogado afirmou ter ficado sabendo das supostas tentativas de suicídio durante conversa com Macarrão na audiência de hoje, e que desconhece o motivo dos desmaios de Bruno.

Macarrão, que divide a cela com Bruno no complexo penitenciário de Bangu, teria impedido o goleiro de tomar em excesso os medicamentos prescritos pelos médicos do sistema carcerário de Minas Gerais. Bruno também teria começado a fazer uma “teresa”, espécie de corda amarrando a ponta dos lençóis, com o objetivo de se enforcar.

Quaresma afirmou que o abatimento de Bruno é visível e que tentou dar conselhos a ele. O advogado teria dito: “Não é praticando o autoextermínio ou assumindo algo que não fez que você vai livrar a cara de ninguém”.

O advogado disse ainda que solicitou a Macarrão que tomasse conta do goleiro. De acordo com o advogado, que disse que vai solicitar cuidados psiquiátricos para Bruno, ambos devem ser transferidos para Minas Gerais na segunda-feira. “Os arautos da desgraça alheia conseguiram seu objetivo de tirar o sorriso de Bruno”, afirmou.

Hoje, foram ouvidos 15 testemunhas de defesa, entre elas a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, o diretor de futebol do clube, Zico, além do jogador Leonardo Moura e do ex-atleta rubro-negro e treinador de futebol, Andrade.

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