Observando a determinação do Ministério da Saúde que suspende por tempo indeterminado as campanhas de vacinação antirrábica em cães e gatos, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) acata a decisão e também está interrompendo as vacinações em Mato Grosso do Sul. A medida foi tomada após a verificação de índices elevados de mortes em animais imunizados em outros estados.

Segundo a gestora de Ação de Saúde da secretaria, a médica veterinária Gislaine Coelho Brandão, cerca de 60% dos animais domésticos do Estado já receberam a vacina até que fosse decidida a interrupção da campanha. Ainda de acordo com a veterinária, no Estado não foram registrados índices considerados anormais de reações adversas nos cães e gatos vacinados.

Conforme nota técnica distribuída pelo Ministério da Saúde, a interrupção da aplicação das vacinas é preventiva e a decisão foi tomada diante do aumento das notificações de mortes de animais e dados preliminares das investigações laboratoriais referentes a estes casos ocorridos após a imunização contra raiva animal. A vacina aplicada que apresentou as reações é a Rai-Pet.

Resultados de testes encaminhados para Ministério apontaram alteração não observadas nos testes realizados preliminarmente como referência para a liberação da campanha. Porém, os testes preliminares são considerados insuficientes para determinar a causa das mortes nos animais imunizados, por isso a campanha está suspensa até que toda a investigação seja concluída.

Assim como acontece em outros estados, em Mato Grosso do Sul é competência das prefeituras fazer a imunização dos animais com o apoio técnico e logístico da Secretaria de Estado de Saúde. Desta forma, a secretaria está orientando a todos os municípios sul-mato-grossenses a fazerem a interrupção imediata da campanha de imunização.

É papel da secretaria estadual fornecer as seringas, vacinas e material de apoio para divulgação a todos os municípios do Estado para que sejam realizadas as campanhas. Os municípios têm autonomia para fazer a ação de imunização. As vacinas são adquiridas pelo Estado junto ao Ministério da Saúde.