Saúde de mineiros será prioridade em resgate no Chile

O cuidado com a saúde será prioridade no resgate dos 33 mineiros soterrados na mina de San José, no Deserto do Atacama, no Norte do Chile. O revestimento do túnel por onde os trabalhadores serão resgatados foi concluído na madrugada de hoje (11). Segundo o ministro chileno de Saúde, Jaime Mañalich, o túnel não é […]

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O cuidado com a saúde será prioridade no resgate dos 33 mineiros soterrados na mina de San José, no Deserto do Atacama, no Norte do Chile. O revestimento do túnel por onde os trabalhadores serão resgatados foi concluído na madrugada de hoje (11). Segundo o ministro chileno de Saúde, Jaime Mañalich, o túnel não é totalmente reto o que pode gerar trepidações na hora da retirada das pessoas.

“A sensação dos mineiros poderá ser pior que de uma montanha russa, pois além de ser muito rápido terá oscilações, trepidações, ar rarefeito, mudança de temperatura”, disse o ministro.

Os trabalhadores sairão por uma cápsula que será içada por uma grua. Para ajudar no resgate, primeiramente descerão um operador e um médico que avaliará o estado de saúde das pessoas.

No primeiro grupo estarão quatro pessoas consideradas com melhor estado de saúde e mais ágeis. A ideia é que essas pessoas tenham mais capacidade de reagir a qualquer imprevisto.

No segundo momento, sairão os doentes, diabéticos, hipertensos, com problemas avançados de pele e cardíacos. “É óbvio que quem deveria estar no primeiro grupo seriam os doentes, mas eles não podem ser cobaias”, destacou.

No terceiro grupo estarão novamente as pessoas em melhores condições físicas que sairão por último da mina para ajudar na retirada dos doentes. Segundo o ministro, essa é uma operação inédita no mundo. “Isso nunca aconteceu no Chile ou em qualquer parte do mundo. Esse é o maior resgate da história da mineração”, afirmou.

O resgate dos 33 mineiros está influenciando até a economia das cidades próximas que estão superlotadas. Copiacó (a 42 quilômetros (km) da jazida), Baia Inglesa (a 22 km) e Caldera (a 20 km) não têm mais vagas em hotéis, motéis e nem trelereis ou carros para alugar.

No local da mina, 2 mil pessoas permanecem acampadas. Dessas, 400 são parentes, há mais de mil jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, além de técnicos que trabalham no resgate e voluntários para ajuda no salvamento.

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