Aconteceu na noite dessa quarta-feira (26), uma rodada de negócios no saguão do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, em que participaram lideranças corporativas sul-mato-grossenses e paraguaias, o CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems e a Apaex Brasil.

O encontro mobilizou cerca de 20 empresários dos setores de alimentos processados, carnes de aves e bovinas, cerâmico, construção civil, sucroenergético e vestuário de Mato Grosso do Sul e do Paraguai e movimentou R$ 20 milhões.

De acordo com a responsável pela unidade de atendimento da Apex Brasil no Estado, Andréa Afif Elossais, o encontro fomenta o contato institucional com prospecção e realização de negócios. “O Paraguai é um grande mercado para Mato Grosso do Sul tanto tarifário, por conta do , quanto da localização geográfica, permitindo entregas mais rápidas. Além disso, o Paraguai é um país Hub, que importa para o consumo interno e também para exportar”, considerou, acrescentando que o país vizinho tem tradição no comércio internacional em um nível a frente do Brasil.

Ela destacou ainda o pequeno nível de industrialização do Paraguai que contribui para promover a geração de negócios. “O Paraguai ainda não é tão industrializado quanto o Brasil, e ainda precisa importar diversos produtos e como Mato Grosso do Sul é bem próximo é grande esse potencial de desenvolvimento desse mercado”, explicou, completando que a meta do encontro de prospecção e fechamento de negócios atingiu a ordem de R$ 20 milhões.

A responsável pela unidade de atendimento da Apex Brasil informou que o encontro resultou em negócios avaliados em R$ 15 milhões apenas entre a Fibria e importadoras de materiais gráficos. “Os representantes de importadoras de materiais gráficos já fecharam R$ 15 milhões em negócios, que devem ser iniciados no máximo em dois meses”, disse.

A diretora comercial da Eco Máquinas, Maryluce Marques, participou da rodada com a expectativa de estrear no mercado paraguaio. “Estou fazendo contatos com representantes do Centro de Importadores do Paraguai para estabelecer contatos com potenciais compradores de máquinas para a fabricação de tijolos ecológicos”, disse.

O empresário Rui Murilo da Galvanini, da empresa de alimentos Vó Ermínia, conta que participou da missão e apresentou cerca de 60 produtos e deixou em andamento alguns negócios que podem ser concretizados nos próximos dias. “Durante a missão fizemos o contato e apresentamos os produtos, já aqui na rodada de negócios nós trouxemos kits para demonstração de produtos e com as conversas em andamento acreditamos que os negócios serão concretizados nos próximos dias, principalmente a venda de champgnous e temperos”, contou.

José Antônio Avesani Júnior e Wilson Freitas Filho, da empresa Refrigerantes Frutilla, estão fazendo o primeiro contato de negócios durante a rodada e acreditam que também devem iniciar as vendas internacionais nos próximos meses. “Já verificamos que 74% da população têm menos de 24 anos e isso significa potenciais consumidores dos nossos produtos e esse deve ser o nosso foco”, disse José Avesani. “Estamos buscando supermercados para trabalhar com nossos produtos: são sete sabores de refrigerantes de 2 litros e de 500 ml além de um energético, uma linha de sucos e outra de representação de água mineral”, detalhou Wilson Filho.

O presidente do 1º turno da Federação da Produção da Indústria e do Comércio, Gérman Ruiz, participou do encontro e acredita na possibilidade de futuros negócios. “Estou levando prospectos de dois produtos interessantes que vou apresentar para o presidente da Câmara de Construção Civil do Paraguai. São duas máquinas uma perfiladeira de telha de aço e a outra para a fabricação de tijolos ecológicos e com certeza se houver interesse deve haver outras conversas para futuros negócios”, disse.

Carlos Storm, da Câmara Paraguaia de Supermercados, destacou a importância da rodada de negócios para a economia do Paraguai e de Mato Grosso do Sul. Ele destacou que está levando mostruário e deve apresentar os produtos para os 84 supermercados associados que fazem parte da Câmara. “Conhecemos produtos interessantes como alimentos, caldos, chocolates, condimentos entre outros produtos que tem preços acessíveis e boa qualidade. São produtos que realmente podem emplacar no mercado paraguaio”, concluiu.