Rio: paciente não é atendida e médicos acabam na delegacia
Dois médicos do PAM (Posto de Atendimento Médico) de Irajá, no subúrbio, foram levados até a delegacia na madrugada deste sábado (26). Eles foram denunciados pela mãe de uma adolescente de 10 anos por omissão de socorro. O sindicato dos médicos deu outra versão ao caso e criticou a ação dos policiais. A confusão começou […]
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Dois médicos do PAM (Posto de Atendimento Médico) de Irajá, no subúrbio, foram levados até a delegacia na madrugada deste sábado (26). Eles foram denunciados pela mãe de uma adolescente de 10 anos por omissão de socorro. O sindicato dos médicos deu outra versão ao caso e criticou a ação dos policiais.
A confusão começou na porta da unidade. Renata da Silva, a mãe da menina, conta que procurou o posto, preocupada com o estado de saúde da filha, mas não passou da recepção. “Eles nem olharam a minha filha. Ela estava passando muito mal, vomitando muito. Liguei do meu celular e pedi socorro para a polícia”, afirmou a Renata.
A mãe diz que, por não conseguir atendimento, chamou a polícia. O deputado estadual Pedro Fernandes Neto afirma que chegou antes dos policiais, levando um amigo, que também precisava de atendimento. Ao ver a situação, foi verificar o que acontecia.
“O que mais me deixou surpreso foi entrar na sala dos médicos e ver que eles estavam com a perna para o alto vendo televisão” afirmou o deputado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, havia quatro profissionais de plantão. Um pediatra, que estava com um paciente em estado grave, e três clínicos gerais. O pediatra teria chegado a atender a menina, rapidamente, mas pediu que a mãe esperasse um pouco, porque o caso dela não era uma emergência.
Segundo o presidente, quem chamou a polícia foi o deputado. Ele também disse que como os médicos foram levados para a delegacia, várias pessoas que procuraram a unidade de madrugada não conseguiram ser atendidas.
Jorge Darze anunciou que o sindicato vai entrar com uma apresentação na corregedoria da Assembleia Legislativa do Rio contra o deputado Pedro Fernandes Neto e outra na corregedoria da Polícia Militar, por abuso de autoridade e constrangimento.
“Vieram para cá quatro carros da PM, com policias fortemente armados. Criaram uma situação absurda”, reclamou Darze.
Os médicos foram liberados depois de três horas de depoimento na delegacia. A mãe da menina será ouvida pela polícia. A Secretaria municipal de Saúde também vai abrir sindicância para apurar o caso.
A menina foi levada para o Hospital Geral de Bonsucesso e está fora de perigo.
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