Rigo ainda não depôs, mas corregedoria já tenta minimizar denúncias
A corregedoria da Assembleia Legislativa ainda não convocou o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) para prestar depoimento sobre vídeo no qual ele aparece detalhando suposto esquema de partilha de dinheiro público entre membros dos três poderes. Porém, hoje, durante entrevista coletiva na Casa de Leis, o corregedor Maurício Picarelli (PMDB), tentou desqualificar as declarações de […]
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A corregedoria da Assembleia Legislativa ainda não convocou o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) para prestar depoimento sobre vídeo no qual ele aparece detalhando suposto esquema de partilha de dinheiro público entre membros dos três poderes. Porém, hoje, durante entrevista coletiva na Casa de Leis, o corregedor Maurício Picarelli (PMDB), tentou desqualificar as declarações de Rigo, tidas até agora como a maior denúncia de corrupção já feita no Estado.
“Ainda não analisei os vídeos com profundidade, mas me parece que foram bravatas. Ele estava tentando aparecer para o interlecutor”, supôs o deputado. Rigo foi gravado sem que soubesse pelo ex-secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, com quem conversava.
Picarelli informou que sua equipe está transcrevendo os vídeos originais com as declarações de Rigo. O corregedor também já recebeu a nota oficial apresentada por Rigo em entrevista coletiva na qual ele alega inocência e tenta explicar os trechos da gravação nos quais cita a partilha de dinheiro.
No vídeo, o deputado relata ainda que cada parlamentar já chegou a receber R$ 120 mil por mês da Assembleia e que hoje são obrigados a se contentar com R$ 42 mil. Picarelli assegura que tão logo esteja plenamente inteirado de todo o conteúdo do vídeo convocará o colega de Parlamento para depor. “Acho que ele deve ser ouvido na semana que vem”, estima.
O corregedor explica que embora o mandato de Rigo já esteja para acabar, a Casa de Leis quer a apuração dos fatos. O deputado tucano não se reelegeu. A derrota, para muitas lideranças políticas, entre as quais o governador André Puccinelli (PMDB) citado no vídeo como beneficiário de R$ 2 milhões, é vista como um troco da população.
“Ele já foi punido pela sociedade que não o reelegeu. Mas, mesmo assim temos que esclarecer esta mancha que ficou sobre a Casa”, diz Picarelli.
Se ficar comprovada a quebra de decoro, a Assembleia pode até cassar o mandato de Rigo, caso ainda haja tempo hábil para tal atitude. Porém, o corregedor não mencionou hoje qualquer previsão para apresentar o seu parecer sobre o assunto.
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