Relatório classifica ensino superior como relativamente bom
O sistema de ensino superior brasileiro foi classificado como relativamente bom, de acordo com o Relatório de Competitividade Global 2010-2011 divulgado hoje (9). Para o diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Erik Camarano, o levantamento indica também que o desempenho do país no ensino primário ainda é baixo e que precisa de investimentos. “Há um […]
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O sistema de ensino superior brasileiro foi classificado como relativamente bom, de acordo com o Relatório de Competitividade Global 2010-2011 divulgado hoje (9). Para o diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Erik Camarano, o levantamento indica também que o desempenho do país no ensino primário ainda é baixo e que precisa de investimentos.
“Há um processo que tem que ser olhado como uma etapa de inclusão das pessoas, como foi feito no Brasil, mas temos quer fazer o segundo salto e melhorar a qualidade do ensino e o desempenho desses estudantes”.
No ranking de competitividade mundial, o país caiu duas posições em relação a 2009 e passou para a 58ª posição. O Brasil está na terceira colocação entre os países que compõem o Bric, atrás da China e da Índia. O estudo foi elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Dom Cabral.
Segundo Camarano, o levantamento mostra que a melhoria consistente da economia brasileira continua do ponto de vista da competitividade, o que indica que a tendência de mudança está na direção correta, mesmo com a perda de dois pontos ante a avaliação anterior.
“Parece que estamos perdendo uma corrida e na verdade o importante é verificar que a tendência está na direção correta, mas talvez a velocidade de mudança em alguns aspectos pudesse ser mais rápida”.
O ranking indicou ainda que o tamanho do mercado do Brasil ficou em décimo lugar, a sofisticação empresarial em 31º e a inovação em 42º. O país aparece na pesquisa como o 50º setor financeiro mais desenvolvido e sofisticado da América Latina e como o 62º em infraestrutura razoável para os padrões regionais.
Também aparecem no relatório as taxas de poupanças baixas que ficam em 101º lugar, o spread bancário elevado (136º colocação), alto grau de endividamento público (84º posição).
Camarano afirmou que o relatório deve ser encarado a longo prazo por ser menos dependente das variações e mudanças políticas e é mais influenciado por mudanças na economia. “Nesse aspecto temos que ver os fatores em que estamos mais para trás, mas sabemos que não teremos resultados de um ano para o outro. Temos que começar e fazer isso rápido para fazer com outros países que tiveram desenvolvimento forte em educação e infraestrutura”.
De acordo com o levantamento, a Suíça é o pais mais competitivo do mundo e os EUA caíram duas posições e passaram para o quarto lugar. A Suécia ficou na segunda colocação e Singapura na terceira. A China, em 27°, lidera o grupo de economias em desenvolvimento. O Japão ficou em sexto lugar e Hong Kong em 11°.
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