Reforma ou construção de estádios é prioridade para receber Copa do Mundo
O principal investimento que o país precisa fazer para receber uma Copa do Mundo é a reforma ou construção dos estádios, para que fiquem de acordo com as exigências de conforto e segurança da Federação Internacional de Futebol (Fifa). É também uma oportunidade para modernizar os equipamentos esportivos. A França, por exemplo, não tinha um […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O principal investimento que o país precisa fazer para receber uma Copa do Mundo é a reforma ou construção dos estádios, para que fiquem de acordo com as exigências de conforto e segurança da Federação Internacional de Futebol (Fifa). É também uma oportunidade para modernizar os equipamentos esportivos.
A França, por exemplo, não tinha um local com capacidade para 80 mil pessoas. O urbanista brasileiro Iuli Nascimento, que mora em Paris há 30 anos, explicou que a solução para a Copa de 98 foi construir o Estádio da França, na periferia de Paris. “Quando a Fifa aceitou que a França organizasse a Copa do Mundo, o país teria que construir um estádio com capacidade para 80 mil pessoas, não só para a Copa, mas também para rúgbi, espetáculos, grandes manifestações”. Ele lembrou que o sistema foi feito por concessão, porque o Estado não tinha condições de financiar a operação. Uma convenção foi feita com empresas privadas para a construção do estádio.
A secretária-geral para Grandes Eventos Esportivos da França, Thérèse Salvador, explicou que foi escolhido um local de fácil acesso, a dez quilômetros de Paris. Moderno, o Estádio da França mudou a região de Saint Dennis e abriga vários eventos, além de jogos da Seleção Francesa de Futebol e outras competições esportivas, como a Copa do Mundo de Rúgbi, realizada em 2007.
“Muita coisa mudou, pois o estádio fica dentro da cidade. Isso permite à população chegar ao local a pé. O Estádio da França não é reservado apenas para eventos esportivos, ele também recebe shows, óperas e está sempre cheio”, disse.
O mesmo ocorre em Marselha, outra cidade francesa sede da Copa de 98 e do Mundial de Rúgbi. O líder da maioria no Conselho Municipal, Yves Moraine, lembrou que o Estádio Velódromo pertence a um dos principais times de futebol da França e também recebe outros eventos. “Para a população, o Vélodromo é o estádio do Olympique de Marseille, clube de futebol da primeira divisão francesa, mas também serve para outras atividades. Também abriga grandes shows. Definitivamente, é um estádio que serve para o futebol, mas não apenas para isso”.
Na Alemanha, que recebeu a Copa em 2006, foram gastos 2 bilhões de euros na reforma dos estádios. O tesoureiro da Federação Alemã de Futebol, Horst Schmidt, explicou que o planejamento financeiro precisa continuar depois da Copa, para que o estádio continue sendo utilizado.
“A manutenção de um estádio depende de como se utiliza. Nós tivemos a sorte, aqui na Alemanha, de que todos os estádios são utilizados para os jogos da primeira e da segunda liga. Com isso, há uma renda regular pela qual se mantém uma instituição dessa grandeza. O pior que pode vir a acontecer em um investimento desse é construir uma grande arena que, no fim, não se utiliza para nada”.
O jornalista esportivo Thomas Kilchenstein, de Frankfurt, lembrou que além dos estádios, também foram construídas novas estradas e edifícios-garagens. Como o investimento foi muito alto, o estádio precisa ser usado de várias formas para dar retorno financeiro.
O responsável pelo Departamento de Esportes no Senado alemão, Jorg Fisher, disse que em Berlim, o Olympiastadion, que foi construído para os Jogos Olímpicos de 1936, foi totalmente reformado e modernizado para receber a Copa. “Somente a reconstrução do Estádio Olímpico custou 42 milhões de euros, pois a parte interna foi totalmente demolida e reconstruída. Apenas a fachada não mudou. Algumas medidas foram temporárias, mas a grande parte, principalmente na área de esporte, ficou e beneficia a população”.
Na África do Sul, cinco estádios foram reformados e cinco construídos. O menor deles, o Royal Bafokeng, em Rustenburg, tem capacidade para 42 mil pessoas. O maior, o Soccer City, em Joanesburgo, pode receber até 95 mil pessoas.
De acordo com o Ministério do Esporte, o Brasil vai investir R$ 5,6 bilhões na reforma dos 12 estádios das cidades-sede da Copa. Desse total, R$ 3,7 bilhões virão de financiamento federal e R$ 2,1 bilhões de recursos locais ou privados.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Sem acordo: moradores pedem indenização por fedor ‘insuportável’ de frigorífico em Campo Grande
JBS já manifestou desinteresse em conciliação devido ao grande número de ações
Quadrilha especializada em furtos de caminhonetes é presa em Dourados
Quatro pessoas foram levadas para a sede do SIG em Dourados
Influenciadora de etiqueta, Fernanda Britto está internada em estado grave
Fernanda Britto, de 63 anos, ficou conhecida nas redes sociais por seus vídeos bem-humorados em que dá dicas de etiqueta
Queda de árvore deixa trecho de avenida de Dourados interditado neste sábado
Queda de árvore deixa trecho de avenida de Dourados interditado neste sábado
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.