Queima de arquivo: fazendeiro ‘encomenda’ assassinato de mulher em Costa Rica
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“Uma trama diabólica”. Assim pode ser classificado o plano arquitetado no interior da cadeia para assassinar a cirurgiã dentista Josana Subtil de Melo, 35, no dia 7 de julho de 2009, dentro do consultório dela localizado na Avenida José Ferreira da Costa, em Costa Rica, cidade da região Norte de Mato Grosso do Sul, a 298 quilômetros da Capital.
Osvaldo José de Almeida Junior, 52, conhecido na cidade como “Dinho” é apontado pela polícia como principal suspeito de arquitetar o plano. Ele está preso em Corumbá.
Nem a polícia, nem o MPE (Ministério Público Estadual) podem afirmar com precisão a razão da tentativa de assassinato. Mas, em Costa Rica as informações são de que seria ‘queima de arquivo’. O fazendeiro seria suspeito de agiotagem e Josana sabia demais, disse ao Midiamax uma fonte de Costa Rica.
Segundo o jornal www.horadanoticia.com.bra, Almeida Júnior envolveu no plano Jair Roberto Cardoso, 22. Eles teriam se conhecido na cadeia. Na época, o suspeito de matar a dentista foi preso acusado de ter tentado incendiar um veiculo.
Cardoso teria agido como intermediador para a executar o crime. Para o ‘serviço’ teria cobrado R$ 30 mil. Mas, como ele demorou a por o plano em prática, Dinho teria mudado de idéia e contratado José Gleijano de Oliveira, 33, o “Ceará”, apresentado a Dinho por Jair Roberto.
Ceará ‘sub-empreitou’ a execução para Jair dos Santos Souza, 27, o “Baiano” que praticou a tentativa de homicídio.
O crime
O jornal Hora da Notícia apurou que Dinho queria que a ex-companheira Josana fosse morta a facada. Mas, Baiano sugeriu que Dinho a matasse envenenada através de uma injeção com “chumbinho” veneno para rato.
Investigações
O inquérito policial foi concluído pelo delegado Cleverson Alves dos Santos no dia 9 de junho. Os três foram acusados.
Já o promotor de Justiça de Costa Rica, Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior, denunciou os três e também Jair Roberto Cardoso.
Eles foram denunciados por crime triplamente qualificado na forma tentada. Caso sejam condenados a pena vai de 12 a 30 anos de reclusão. Essa pena poderá ser reduzida de um a dois terços em virtude do crime não ter sido consumado.
Tentativa de homicídio
7 de julho de 2009, 15h25.
Jair dos Santos Souza, o “Baiano”, usando uma arma de fogo calibre 22 dominou e amordaçou a dentista, desferiu golpes de coronhada com o revólver na cabeça da vítima.
Utilizando de uma seringa descartável, ele injetou na região dorsal [costas] uma dose do veneno. Na região dorsal de Josana. Em seguida rendeu a secretária do consultório e utilizando-se de fita adesiva amordaçou, durante a ação chegou uma adolescente que também foi rendida no momento que ele praticava o crime.
Baiano foi contratado por José Gleijano de Oliveira, “Ceará”, esse tem varias passagem na polícia por trafico de drogas e furtos. Ele forneceu a arma do crime e adquiriu os produtos na cidade de Cassilândia onde morava usados para consumar o crime. Baiano disse à policia não ter recebido nenhum centavo para matar a dentista e confessou que tudo foi a mando de Dinho.
Jair dos Santos Souza, o “Baiano” foi preso em Cassilândia no dia 10 de agosto 2009, por medida de segurança ele foi transferido para a cadeia da cidade de Bataguassu (MS) onde permanece preso.
José Gleijano de Oliveira, “Ceará” foi preso no dia 03 maio na cidade de Cassilândia. Jair Roberto Cardoso foi preso em Costa Rica no dia 03 maio de 2010 e também transferido de Costa Rica por medida de segurança.
Depois de consumar o crime Jair saiu da cidade de carona até Chapadão do Sul. Lá, Ceará se incumbiu de levá-lo para a cidade de Cassilândia.
Falsa impressão
Durante o planejamento Dinho se preocupou que o crime passasse a impressão de assalto, por isso Baiano levou o celular e dinheiro da dentista.
Dinho revelou a Jair Roberto que teria outras pessoas para matar na cidade. De acordo com o depoimento de Jair Roberto, Dinho teria dito a ele que teria outras pessoas pra matar na cidade.
Prisão mantida:
Todos os envolvidos nesse crime estão presos, por questão de segurança em locais diferentes. Dinho teve pedido de Habeas Corpus negado por unanimidade junto ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato grosso do Sul). O pedido foi julgado na última segunda-feira (14), ele permanecer preso em uma penitenciaria na cidade de Corumbá/MS.
A arma do crime
Para fechar o quebra-cabeça policial, foi preso em flagrante no dia 9 de junho na cidade de Chapadão do Sul, José Milton Alves, conhecido pelo apelido de “Zé Tarado”, acusado de porte ilegal de arma de fogo. Com ele os policiais encontram o revólver calibre 22, marca Taurus que teria sido usado para tentar matar a dentista.
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