PV e Plínio Sampaio travam batalha paralela em eleições

A despeito da polarização da campanha presidencial deste ano entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), uma batalha paralela é travada entre PV e PSOL. Os verdes decidiram reagir ao estilo “franco-atirador” do candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, adotado no debate da TV Bandeirantes, na última quinta-feira (5). […]

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A despeito da polarização da campanha presidencial deste ano entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), uma batalha paralela é travada entre PV e PSOL. Os verdes decidiram reagir ao estilo “franco-atirador” do candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, adotado no debate da TV Bandeirantes, na última quinta-feira (5). Ontem, o presidente do PV do Rio, Alfredo Sirkis, comparou Plínio ao deputado Enéas Carneiro, terceiro colocado na disputa presidencial de 1994 e conhecido pelo bordão “meu nome é Enéas!” Na noite de sábado, Sirkis chamou o candidato do PSOL de “burguês quatrocentão”.

– O Plínio quer o voto de protesto de qualquer natureza e disputa o voto de extrema esquerda com o PCO, o PSTU e o PCB. Tem uma atitude ‘sou contra vocês todos’. Está tentando ser o Enéas. Só que o Enéas era de direita.

Depois de concorrer à Presidência em 1989, 1994 e 1998, Enéas, fundador do Prona, foi eleito deputado em 2002 e reeleito em 2006. Morreu em 2007.

No debate, Plínio chamou a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, de “ecocapitalista”. Foi o que mais irritou os verdes, além da tentativa de igualar a candidata do PV ao tucano José Serra e à petista Dilma Rousseff.

– Se o Plínio decide ‘vamos esculhambar’, tudo bem. Mas, quando parte para a luta ideológica, não dá. Chamar a Marina de ecocapitalista foi deselegante. É brincadeira. O socialismo foi um desastre ambiental absoluto.

Na véspera, depois de acompanhar a candidata em um encontro com evangélicos no Rio, Sirkis ironizou Plínio ao dizer que ele era “um burguês quatrocentão que mora em um apartamento de R$ 1 milhão falando de uma menina pobre, nascida na floresta, que se alfabetizou aos 16 anos e passou fome.”

Plínio declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 2,1 milhões. O candidato informou, por meio de seu advogado, que não tem imóvel de R$ 1 milhão e mora com a família em uma casa alugada, no Alto de Pinheiros, em São Paulo.

Neste domingo, Plínio respondeu com a seguinte nota oficial:

– Sem argumentos para questionar a categorização que dei à política ambiental defendida por Marina, a tropa de choque do PV parte para a baixaria. A postura Poliana da campanha verde não durou uma semana. Melhor fariam trazendo argumentos concretos para mostrar como é possível compatibilizar os grandes negócios com o meio ambiente.

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