Presidente da Assomasul já havia declarado ineteresse em deixar os tucanos; ele apoiou Zeca no primeiro turno e, agora, preferiu brigar pela vitória da candidata petista

O comando regional do PSDB anunciou hoje à tarde, por meio de seu blog, que abriu um processo no conselho de ética e disciplina do partido, contra o prefeito de Terenos, Beto Pereira. Razão da medida: o prefeito apóia a presidenciável Dilma e não José Serra, o candidato dos tucanos.

O processo pode provocar a expulsão do prefeito, que preside a Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

A imposição anunciada pelo PSDB é contrária a prática do PMDB regional, cujo partido indicou o vice de Dilma e, ainda assim, a maioria dos peemedebistas de MS resolveu apoiar Serra.

Em entrevista ao Midiamax, na manhã desta segunda-feira, o prefeito já dava sinais que quer deixar sigla, note: “É uma situação complicada. Embora, eu esteja no PSDB, as minhas raízes são do PMDB. O partido indicou o vice da Dilma”, disse ele. Pereira, filho do senador Valter Pereira, do PMDB.

O presidente da Assomasul deixou o PMDB no ano passado e ingressou no PSDB.

De acordo com a nota da executiva do PSDB, que “é dever de seus filiados apoiar e votar no candidato do PSDB à Presidência da República JOSÉ SERRA, escolhido em Convenção Nacional do Partido”.

Segue o comunicado: “portanto, o filiado do PSDB que apóia a candidata adversária-petista, viola gravemente a ética, a fidelidade a disciplina e os deveres partidários previstos no Estatuto do PSDB”.

Na nota, a executiva tucana alerta o prefeito que o processo no conselho de ética pode motivar sua expulsão e ainda afirma que Beto Pereira “não está autorizado a falar em nome do PSDB”.

O prefeito de Terenos ainda não se manifestou quanto à abertura de processo contra ele.