PSB sugere que Dilma fortaleça MST e taxe fortunas

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entregou esta noite, em solenidade, um conjunto de propostas do partido para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. As sugestões incluem, no plano social, o fortalecimento dos movimentos sociais, “como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”. Já no plano fiscal, há propostas de reforma […]

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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entregou esta noite, em solenidade, um conjunto de propostas do partido para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. As sugestões incluem, no plano social, o fortalecimento dos movimentos sociais, “como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”. Já no plano fiscal, há propostas de reforma tributária, com “a taxação extra das grandes fortunas”. O livreto de 38 páginas, editado pela Fundação João Mangabeira, apresenta como tese central do partido “a necessidade de construção de um projeto nacional de base desenvolvimentista”. Propõe que o governo conduzido por Dilma tenha caráter popular-desenvolvimentista, em que a esquerda tenha “papel hegemônico”.

O PSB defende a construção de uma sociedade fundada no combate à desigualdade, atuando como agente do desenvolvimento. Entre as propostas, destacam-se a redução da jornada de trabalho sem redução dos direitos dos trabalhadores e o fortalecimento dos movimentos sociais. Nesse quesito, o PSB cita, especificamente, o MST, defendendo o aumento do diálogo, o fim da repressão e o reconhecimento no “atraso na promoção da reforma agrária”.

No âmbito da política fiscal, os socialistas defendem o controle dos gastos públicos com meta de resultado nominal zero. Sustentam a necessidade de uma reforma tributária, que “compreenda a taxação extra das grandes fortunas e desonere o consumidor na ponta”. Na esfera da política monetária, os socialistas apregoam “juros internos convergindo para as taxas internacionais” e, ainda, juros diferenciados quando destinados a investimentos que assegurem o aumento da produção ou a criação de emprego.

Desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do Ministério da Ciência e Tecnologia, que assumiu em 2003 – na figura do atual vice-presidente do partido, Roberto Amaral – o PSB defende a cibernética e o programa espacial e nuclear como prioridades estratégicas do futuro governo Dilma. O partido defende, também, a ampliação da atual malha energética com investimentos maciços na pesquisa das fontes eólicas e solar, bem como a construção de novas usinas nucleares.

Na questão educacional, o PSB deseja ampliar o investimento em educação pública, a fim de atingir 10% do PIB até 2014. O PSB ressalta que a intenção com o encaminhamento dessa contribuição é oferecer à campanha de Dilma “reflexões e propostas sobre pontos que são essenciais aos socialistas brasileiros”.

Ressalta que tais contribuições não se destinam a um “Programa de Governo Socialista”, que estaria fora das cogitações da candidata e da larga coalizão de partidos que lhe dá apoio nas eleições e “lhe assegurará sustentação parlamentar no governo”. O documento entregue esta noite a Dilma foi elaborado por nomes ilustres do partido, como Tânia Bacelar, Ariosto Holanda, Beto Albuquerque, Roberto Amaral e Paulo Skaf.

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