Proibição de viagem aos EUA ameaça de morte feridos no Haiti
O médico Barth Green, chefe do instituto de Saúde Comunitária da Universidade de Miami, que está envolvido nos esforços de ajuda ao Haiti, alertou que centenas de feridos pelo terremoto que devastou o Haiti no último dia 12 correm o risco de morrer se os EUA não retomarem os voos para levá-los a hospitais americanos. […]
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O médico Barth Green, chefe do instituto de Saúde Comunitária da Universidade de Miami, que está envolvido nos esforços de ajuda ao Haiti, alertou que centenas de feridos pelo terremoto que devastou o Haiti no último dia 12 correm o risco de morrer se os EUA não retomarem os voos para levá-los a hospitais americanos.
Green disse que alguns pacientes precisam “desesperadamente” de transferência” para hospitais melhores fora do país.
O tremor do dia 12 matou pelo menos 170 mil haitianos e deixou milhares de feridos e desabrigados, além de ter arrasado a capital, Porto Príncipe, e cidades próximas.
Green disse que apenas poucas centenas das dezenas de milhares precisam ser retiradas do país.
Os EUA suspenderam temporariamente as retiradas aéreas de haitianos na quarta-feira, por conta de uma discussão sobre quem arcaria com os custos de tratamento. A discussão teria sido levantada pelo governador da Flórida Charlie Christ, mas foi negada por autoridades de saúde do estado americano.
Questionada sobre o caso, a Casa Branca afirmou no sábado que a decisão de interromper os voos foi logística, motivada pela falta de espaço, e não política.
Mais de 400 vítimas do terremoto, entre americanos, haitianos e gente de outras nacionalidades, foram atendidas em hospitais da Flórida. Deles, 136 continuam internados.
Enquanto isso, autoridades haitianas prenderam 10 americanos acusados de roubar crianças para supostamente vendê-las fora do país.
Saques e sobreviventes
A capital, Porto Príncipe, tenta voltar à normalidade, mas a polícia haitiana e tropas do EUA continuam vasculhando a capital à caça de saqueadores e à procura de eventuais sobreviventes do tremor.
Muitos suspeitos de saquear prédios destruídos já foram presos.
A ajuda humanitária continuava chegando pelo porto da capital, mas as dificuldades de distribuição continuavam, com multidões desesperadas pressionando as equipes de ajuda para pegar comida e água.
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